De acordo com a Variety, está em negociação nos Estados Unidos a chegada no mercado de um serviço legal de streaming que vai permitir ao usuário assistir a um filme no conforto de casa no mesmo dia da estreia do título nos cinemas. Não sairia barato. A um custo de US$ 50,00 (cerca de R$ 180,00), cada um ficaria disponível por até 48h. E, para ter acesso à reprodução, seria necessário desembolsar outros US$ 150,00 (R$ 544,00) no aparelhinho decodificador (antipirataria).
A iniciativa se chama “Screening Room” (ou “sala de projeção”) e é um projeto de Sean Parker, fundador do site de compartilhamento de músicas Napster e um dos empreendedores do Facebook (ele foi vivido por Justin Timberlake em A Rede Social).
Claro, o acordo com os estúdios envolveria o licenciamento dos direitos dos filmes, mas a proposta, em princípio, teria tudo para irritar a cadeia de exibidores. Rescaldado (o executivo sofreu um desgaste judicial tremendo frente à indústria musical com o Napster), Parker elaborou uma plataforma que prevê a destinação de até 40% do valor do “aluguel” (ou seja, US$ 20,00) para a cadeia exibidora, bem como o direito a dois tíquetes para o usuário (re)ver o mesmo filme no cinema (o ingresso médio nas maiores redes dos EUA custa R$ 10,00) – preservando, em tese, o movimento da bomboniére.
Segundo a reportagem, há meses os representantes do novo serviço vêm batendo de porta em porta nas sedes das grandes empresas da área. Entre os estúdios, Universal, Fox e Sony já teriam demonstrado interesse em um acordo (a Disney, não). No time dos exibidores, eles já teria conquistado os cabeças da AMC Theatres que, prestes a adquirir a rede Carmike Cinemas, deve se tornar a maior cadeia de exibidores do mundo.