Alê Abreu tem motivo de sobra para comemorar. O cineasta chegou ao fim de uma trajetória longa e vencedora em festivais mundo afora no último domingo, quando viu seu modesto O Menino e o Mundo concorrer com animações multimilionárias de Hollywood. Porém, ele também tem motivo para reclamar. Segundo ele, a Academia poderia ter evitado um constrangimento ocorrido no Oscar 2016. Deveria!
"Na boa. Sem querer tirar o merecimento do Inside Out, e correndo o risco de parecer ressentimento meu: esse negócio dos personagens da Pixar apresentarem a entrega do Oscar de Melhor Longa de Animação, que eles próprios ganharam, foi, no mínimo, um tremendo engano. Fiquei constrangido por eles", escreveu o cineasta paulistano em seu perfil no Facebook.
O diretor e roteirista do representante brasileiro no Oscar 2016 completou dizendo que seria o mesmo se Ennio Morricone tivesse recebido o prêmio de trilha sonora de um dos atores de Cinema Paradiso, do qual também foi o compositor.
Há quem concorde com a reclamação, há quem ache a indignação exagerada — a escolha dos apresentadores não influi no resultado final — e há quem ache as duas coisas. E você?