Dia de celebração, o último domingo também foi aquele em que Hollywood perdeu um dos maiores valentões do cinema. George Kennedy, vencedor do Oscar de ator coadjuvante pelo clássico Rebeldia Indomável, morreu aos 91 anos.
Neto de George Kennedy, Cory Schenkel disse que a saúde do avô ficou muito debilitada após o falecimento da esposa, Joan McCarthy, em 2014. O ator morreu tranquilamente, na manhã do último dia 28, em sua casa em Boise, Idaho, por causas naturais.
"Ele foi um grande homem que amou sua família e seus amigos", disse Shenkel, apesar do papel de durão eternizado pelo avô no cinema. Um ex-militar do Exército com 1,95m de altura, Kennedy atacou Cary Grant com uma garra de aço em Charada (1963); perseguiu Joan Crawford com um machado em Almas Mortas (1964); tentou assassinar Gregory Peck em Miragem (1965); e acabou com Jeff Bridges em O Último Golpe (1974).
Já no fim da carreira, porém, ele ousou. Ao lado de Leslie Nielsen, "Big George" deu vida ao policial Ed Hocken na comédia Corra que a Polícia Vem Aí!, assumindo um risco que se tornou um sucesso. A atuação foi definitiva para render-lhe o reconhecimento como "um dos atores mais versáteis" de seu tempo, segundo o The New York Times. Talvez o jornal tenha exagerado, mas foi preciso em dizer que o ator nova-iorquino encarnou alguns dos personagens "mais duradouros" da TV e do cinema.
George Kennedy encerrou a carreira no filme O Apostador, com Mark Wahlberg.