A comédia politicamente incorreta no formato de falso documentário Borat irritou muita gente após seu lançamento em 2006. O filme causou demissões, ofendeu feministas, foi alvo de múltiplos processos de seus entrevistados, foi acusado de racismo e antissemitismo e proibido em diversos países árabes.
Apesar de tantas polêmicas, a comédia ficou marcada como o melhor trabalho do comediante e humorista Sacha Baron Cohen, foi indicada ao Oscar de melhor roteiro adaptado, indicada ao Globo de Ouro de melhor filme de comédia ou musical e vencedora do Globo de Ouro na categoria melhor ator de comédia.
Agora, Cohen revelou que a controversa produção também o deixou na mira do FBI, agência de investigação e inteligência dos Estados Unidos. Segundo o ator, que interpretou o repórter cazaque Borat Sagdiyev, muitas pessoas acreditaram que ele era um extremista. "O FBI recebeu tantas reclamações sobre um terrorista viajando em um caminhão de sorvete, que criou um arquivo sobre a gente. Eles chegaram a procurar por nós no hotel. Obviamente eu sumi quando vi que eles estavam lá", contou o humorista em entrevista ao programa "WTF with Marc Maron".
"Você se vicia na adrenalina. Depois que consegui enganar a polícia pela primeira vez, já comecei a pensar: 'O que eu posso fazer agora?'", declarou Cohen, que gravou Borat sem que os entrevistados soubessem que estavam participando de uma comédia satírica.
O próximo filme de Cohen será a comédia de espionagem e ação Irmão de Espião, com Mark Strong, Isla Fisher e Rebel Wilson.