Mad Max: Estrada da Fúria recebeu 10 indicações ao Oscar, emplacando as principais categorias técnicas do prêmio da Academia. E seria uma indicação certa em mais uma categoria, caso existisse: coordenação de dublês, representados por uma associação que segue batalhando para esse trabalho ser reconhecido pela principal premiação de cinema do mundo.
"Há quase 90 anos, a Academia tem discriminado descaradamente os dublês e sua contribuição ao meio que todos amamos e pelo qual damos o sangue literalmente", disse Jeff Wolfe, vencedor do Emmy por Revolution e presidente da Associação dos Dublês de Cinema. O representante ressalta que a sua classe não discrimina ninguém por raça ou gênero, e que seu trabalho é essencial para a realização cinematográfica: "Afinal, o que seria da maioria dos filmes sem a ação?"
Por tudo isso, a comunidade que representa os dublês protestaram ontem, em Beverly Hills, em prol de algo que é realmente muito válido. "Dos estágios iniciais de arquitetura das sequências, ensaiando a ação e filmando o produto final em que se transforma o icônico filme, o longa de ação não existiria sem a visão de um coordenador de dublês", disse Jack Gill, profissional veterano reconhecido por seu trabalho na franquia Velozes & Furiosos.
"Depois de 25 anos lutando por essa causa, é hora de a Academia dar um passo rumo ao século 21 e criar uma categoria no Oscar para os coordenadores de dublês que contribuem em grande parte ao processo cinematográfico", completou Gill, participante ativo dos reincidentes pedidos. A última vez que o Oscar recusou o pedido foi no ano de 2011. Em 2012, a associação encaminhou nova solicitação e nem obteve resposta.
Em 2008, o SAG Awards inclui a categoria em sua premiação. Os últimos vencedores foram Game of Thrones e, claro, Mad Max: Fury Road.