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    12 filmes que destruíram a carreira de atores de Hollywood

    Lindsay Lohan, Sean Connery, Alicia Silverstone, Halle Berry são só alguns exemplos de atores que saíram prejudicados após terem feito as escolhas erradas.

    Ator: Charlie Chaplin | FilmeO Grande Ditador

    ANTES

    Enquanto o cinema ainda estava em suas primeiras décadas de existência, Charlie Chaplin despontou como um dos primordiais gênios da sétima arte, apresentando trabalhos definidores como Luzes da Cidade (1931) e Tempos Modernos (1936).

    DURANTE

    Charlie Chaplin é o único ator a aparecer nesta lista por ter feito um filme bom. E não é qualquer filme bom. Trata-se de um dos melhores filmes de sua carreira e um dos mais importantes do cinema em todos os tempos: O Grande Ditador.

    O longa-metragem é uma sátira política e traz Chaplin no papel de Adenoid Hynkel, personagem que parodia os trejeitos e a oratória do ditador nazista Adolf Hitler, em uma obra que denuncia o fascismo. Há ainda espaço para uma sátira do ditador Benito Mussolini, uma mensagem contra o antissemitismo e um momento final em que o ator, diretor e roteirista abandona seu personagem e apresenta um discurso a favor dos direitos humanos e pede uma intervenção contra a Alemanha Nazista. O filme foi indicado a cinco prêmios no Oscar, incluindo melhor filme, melhor direção e melhor ator, mas não faturou nenhum, para a decepção do realizador.

    Quando o filme foi lançado, nos Estados Unidos, a mensagem da obra foi vista como controversa pelo governo americano, que ainda não tinha se envolvido nos esforços contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Perdendo o bonde da História, FBI chegou a chamar Chaplin de "um prematuro anti-fascista" por criticar as posturas de Hitler. Por conta disso, o ator e diretor teve até de prestar um depoimento perante uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos explicando suas motivações no filme.

    Após este episódio, o FBI intensificou sua patrulha ao artista, que já era investigado antes por suas visões políticas identificadas com o espectro político da esquerda. Enquanto suas ações eram monitoradas de perto, seus escândalos na vida pessoal não o ajudaram muito, para a alegria do Comitê de Atividades Antiamericanas e de jornalistas conservadores de direita que não hesitavam em categoriza-lo como comunista, apesar do ator sempre se classificar apenas como um pacifista.

    DEPOIS

    Em 1947, Chaplin lançou Monsieur Verdoux, um filme que criticava o capitalismo. A partir daí, o FBI procurou fazer o artista deixar o país de uma vez por todas. Chaplin precisou até mesmo convocar uma coletiva de imprensa para provar que não era comunista.

    Luzes da Ribalta, uma comédia dramática autobiográfica lançada por Chaplin em 1952, aborda da sua infância no Reino Unido até sua perda de popularidade nos Estados Unidos. Quando viajou para Londres para pré-estreia do filme, o governo americano "gentilmente" o fez ficar na Europa e não voltar para casa ao revogar seu passaporte.

    Chaplin só voltou para o país mais de 20 anos depois, quando a Academia decidiu tentar corrigir uma das maiores injustiças de sua história e concedeu um Oscar honorário a Chaplin pelo conjunto de sua obra. Mesmo hesitante, Chaplin compareceu à cerimônia e recebeu a maior ovação já concedida para um artista no maior prêmio de cinema da sétima arte, sendo aplaudido incessantemente por mais de 12 minutos.

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