A total ausência de atores negros e a pouca presença de mulheres na lista completa de indicados ao Oscar 2016 reiniciaram o debate sobre diversidade na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A presidente da instituição, Cheryl Boone Isaacs, já havia lamentado tais questões, mas voltou a se posicionar nesta segunda-feira, 18 de janeiro, após a notícia de que o diretor Spike Lee, um dos homenageados da cerimônia, iria boicotar o Oscar.
Boone Isaacs prometeu mudanças no ingresso de novos membros para a Academia, com uma atenção especial à diversidade, seja de gênero, raça, etnia e orientação sexual. Confira o comunicado da Academia na íntegra:
Gostaria de reconhecer o incrível trabalho dos indicados deste ano. Mas ao mesmo tempo em que celebramos seus feitos extraordinários, estou frustrada e com o coração partido por causa da falta de inclusão. É uma conversa difícil, mas importante, e é tempo de grandes mudanças. A Academia está tomando medidas dramáticas para alterar a face de nossos membros. Nos próximos dias e semanas iremos conduzir uma revisão de nosso processo de recrutamento de novos membros com a intenção de trazer a tão necessária diversidade em nossos escolhidos de 2016 e próximos anos.
Como muitos de vocês sabem, implementamos mudanças para diversificar nossos membros nos últimos quatro anos. Mas os resultados não estão chegando rápido o bastante. Precisamos fazer mais, melhor e mais rápido.
Isso não é algo sem precedentes na Academia. Nos anos 60 e 70, trabalhou-se o recrutamento de membros jovens para manter a entidade vital e relevante. Em 2016, o tema é a inclusão em todas as suas faces: gênero, raça, etnia e orientação sexual. Reconhecemos as preocupações reais em nossa comunidade e eu aprecio todos vocês que me procuraram em nosso esforço de seguir em frente juntos.