Em pleno 2016, o Oscar continua longe de representar a diversidade presente na sociedade (e também a diversidade de filmes e de profissionais do cinema). Além do evidente problema de não ter nenhum ator ou atriz negra indicado, pelo segundo ano consecutivo, os prêmios da Academia também não recompensam suficientemente o trabalho das mulheres.
O site Hollywood Reporter apurou que apenas 24% dos indicados este ano são mulheres. As categorias de atuação distribuem prêmios a homens e mulheres, mas os demais quesitos são amplamente dominados por homens. A desigualdade pode ser percebida em números: apenas quatro mulheres já foram indicadas ao Oscar de melhor direção, e nenhuma mulher foi indicada ao prêmio de melhor direção de fotografia na história do Oscar.
Não faltam boas candidatas: no ano passado, Ava Duvernay foi ignorada pelo trabalho em Selma - Uma Luta Pela Igualdade. Andrea Arnold (O Morro dos Ventos Uivantes), Lisa Cholodenko (Minhas Mães e Meu Pai) ou Debra Granik (Inverno da Alma) também seriam boas opções. Entre as mulheres diretoras de fotografia, Maryse Alberti (Velvet Goldmine, O Lutador), Ellen Kuras (Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças) e Rachel Morrison (Fruitvale Station – A Última Parada) são bons exemplos que poderiam ter sido lembrados.
Talvez o principal nome feminino esnobado este ano seja Amy Schumer, atriz e autora do aclamado roteiro de Descompensada. Mas outras mulheres estão representadas nas categorias de roteiro, como Emma Donoghue (O Quarto de Jack), Phyllis Nagy (Carol), Meg LeFauve (Divertida Mente) e Andrea Berloff (Straight Outta Compton).