“É inevitável, as pessoas sempre querem, de uma certa forma, enquadrar, ou tentar explicar como é esse filme, porque realmente é uma coisa nova para o cinema nacional”. Assim, Sophie Charlotte explica a comparação, comum na imprensa, entre Reza a Lenda – thriller de ação brasileiro que estreia no próximo dia 21 – e o universo empoeirado de Mad Max, de George Miller.
“A gente até queria ter o orçamento do filme”, brinca Cauã Reymond que, ao lado da atriz, grávida, são também produtores do longa-metragem. Os protagonistas do filme de estreia de Homero Olivetto conversaram com o AdoroCInema no último dia 9 de dezembro.
Na trama, ele dá vida a Ara, líder de um bando de motoqueiros no sertão brasileiro, cujo objetivo é recuperar a imagem de uma santa em poder do coronel Tenório (Humberto Martins), porque acreditam que, só assim, a chuva vai voltar a dar as caras no sertão. No meio do caminho, literalmente, aparece Laura (Luisa Arraes), uma menina que cruza com a turma em rota de fuga, e acaba sendo capturada pelo grupo, depois de um acidente.
Sophie encarna Severina, que ela define como “uma do bando, e não a mulher do bando”, justificando os tempos de empoderamento feminino. “Mesmo dentro do universo fictício, o Nordeste é mais machista”, acrescenta o companheiro de elenco, de discurso afinado: “O nosso bando é um bando de indivíduos, não necessariamente de um homem e uma mulher”.
No papo, eles também contam sobre o processo de pós-produção e como foi a preparação – se dirigiam moto, por exemplo (ele chegou a sofrer um acidente sério). “A coragem da Severina era só na hora de desmontar da moto e fazer a cara de quem tinha feito aquilo”, ela ri.
Confira o trailer: