Nem só do lançamento de dois bons trailers foi feito o painel da Netflix no evento da Associação de Críticos Televisivos nessa quarta-feira (6). A plataforma online fez o anúncio de uma verdadeira expansão global, chegando a 130 países (incluindo Rússia e Índia, excetuando-se a China), num movimento que teve como modelo o Brasil.
"Nós percebemos que aprendemos melhor entrando no mercado e aprendendo, mesmo que não sejamos perfeitos. O Brasil é o melhor exemplo", disse o presidente da empressa, Reed Hastings, explicando que o feedback (em bom português, as reclamações) dos usuários brasileiros foi essencial na evolução da plataforma e otimização de seu serviço.
O jornalista Peter Kafka, então, questionou por que os filmes originais Netflix têm pouca repercussão. "The Ridiculous 6, nosso filme com Adam Sandler, [...] foi a maior coisa que vimos nos primeiros 30 dias de qualquer filme da Netflix, de todos", respondeu Reed Hastings, acrescentando que Beasts of no Nation também foi muito bem e que hype não falta. Making a Murderer foi citada como um exemplo de repercussão positiva — algo que estimula a realização de mais séries documentais.
Por fim, Reed Hastings afirmou algo muito interessante: à medida em que a Netflix crescer, as produtoras se afastarão da plataforma online. No futuro, ninguém negociará mais seus direitos de distribuição; os produtores serão os distribuidores. Baseada nisso que a Netflix seguirá investindo em produções originais.
Um catálogo maior, melhor e mais variado é a promessa da Netflix. Ao público, resta esperar ansiosamente por esse futuro promissor.