Camila Morgado ganhou projeção nacional com a minissérie dramática A Casa das Sete Mulheres (2003) e, logo em seguida, no cinema, foi imortalizada com a frase “eu estou grávida de Luís Carlos Prestes”, do filme Olga (2004). “São personagens muito fortes, que acabam estigmatizando um pouco, porque o público acaba te vendo daquela forma”, assume ela em entrevista ao AdoroCinema. Porém, com a estreia de Bem Casados no próximo dia 3 de dezembro, “esqueça” a senhora Luís Carlos Prestes.
Depois de entrar para a franquia Até que a Sorte Nos Separe (cuja terceira parte está prevista para chegar ao circuito comercial no fim do mesmo mês), a atriz assume o protagonismo de um filme do gênero que vem dominando as bilheterias do país quando se trata de uma produção nacional – estreia no humor também do diretor Aluizio Abranches (Do Começo ao Fim).
No longa, ela vive Penélope, uma mulher forte e independente, mas que pretende se infiltrar no casamento do ex-amante. “A Penélope talvez fuja um pouco da normalidade, porque ela tem entre 35 e 40 anos e é solteira... opa, eu sou isso. E as minhas amigas também”, ela se dá conta. A opção pelo gênero, no entanto, garante Morgado, foi um caminho natural.
“Pegando a carreira dela como exemplo, [a comédia] é um pouco da tendência do cinema [nacional hoje em dia]. Temos que acompanhar o mercado também”, atesta Alexandre Borges, que interpreta Heitor, um bon vivant que tem uma produtora de filmagens de casamento, em cuja equipe a personagem dela vai se infiltrar. E complementa: “A gente [no Brasil] ainda está aprendendo a fazer cinema, não tem um [a famosa companhia de teatro] Actors Studio”.
Por mais que filme discuta a posição dessa “nova mulher” na sociedade, na opinião dela, ou do “total domínio das mulheres sobre os homens”, segundo ele, ambos concordam que todas essas teorias caem por terra quando surge um certo alguém. Afinal, “A gente fala isso tudo, mas no fundo quer é encontrar uma pessoa legal”, sentencia Camila Morgado.