Roman Polanski está livre. A promotoria pública polonesa anunciou nessa sexta-feira (27) que não desafiará a decisão do juiz Dariusz Mazur, que negou o pedido de extradição do cineasta veterano para os Estados Unidos. O magistrado declarou: "Eu não encontro resposta racional a uma pergunta: 'Qual a verdadeira questão no pedido de extradição pelas autoridades norte-americanas?'". A decisão permite que Polanski volte a trabalhar e residir em seu país de origem, a Polônia.
Assim, se encerra o último capítulo de um caso com duração de quase 40 anos. O lendário diretor de Chinatown, O Bebê de Rosemary e outros clássicos foi condenado em 1977 por cinco acusações decorrentes de pedofilia; Polanski tinha 43 anos quanto teve relações sexuais ilegais com uma menina de 13 anos de idade. Após um acordo judicial, o cineasta cumpriu 42 dias de prisão. Porém, um juiz discordou da sentença, branda, e reabriu o caso. Polanski fugiu.
Essa é a última de uma série de tentativas de extraditar Roman Polanski. Em 2009, ele foi mantido em cárcere privado na Suíca, enquanto o pedido era examinado. A Justiça suíça decidiu em seu favor e o diretor vencedor do Oscar por O Pianista foi solto após nove meses.
A decisão permitirá que Roman Polanski trabalhe com mais tranquilidade em seu novo filme — que, curiosamente, possui temática legal: O Caso Dreyfus, escândalo político histórico que dividiu a França no fim do século XIX.