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    Jennifer Lawrence declara que Katniss Everdeen inspirou seu artigo contra o sexismo

    "Seria impossível passar quatro anos com Katniss e não se inspirar nela", comenta.

    O fim já começou para Jogos Vorazes. O último filme da saga, Jogos Vorazes: A Esperança – O Final fez a sua primeira pré-estreia nesta quarta-feira (04), em Berlim, e reuniu produção e elenco para comemorar o desfecho.

    Em uma entrevista coletiva, Jennifer Lawrence – que recentemente movimentou a internet com seu artigo sobre o sexismo em Hollywood, voltou ao tema quando surgiu a pergunta se, de alguma forma, seu texto foi inspirado pela personagem Katniss, protagonista da história de Suzanne Collins.

    “Eu não sei como eu não me inspiraria nela; fiquei tão empolgada quando eu li os livros e essa foi a razão pela qual quis interpretá-la", declarou. "Seria impossível passar quatro anos com [Katniss] e não se inspirar nela.”

    Em seu texto, Lawrence destacou o episódio com o filme Trapaça, da Sony Pictures, que protagonizou ao lado de Amy Adams, Bradley Cooper, Jeremy Renner e Christian Bale, e a diferença de pagamento entre as mulheres e os homens:

    “É difícil para mim falar das minhas experiências enquanto uma mulher trabalhadora. Porque eu posso seguramente dizer que meus problemas não são comuns. Quando o vazamento da Sony aconteceu e eu descobri o quanto menos eu estava sendo paga do que as pessoas que por sorte têm pintos, eu não fiquei brava com a Sony. Eu tenho raiva de mim mesma. Eu falhei como uma negociadora porque eu desisti cedo. Eu não queria continuar lutando por causa de milhões de dólares que, francamente, devido a duas franquias, eu não precisava.”

    E a atriz não é a única que se inspira na história de Jogos Vorazes e tenta colocar as lições em prática. Donald Sutherland, que interpreta o tirânico Presidente Snow, também torce para que a popularidade da franquia motive os jovens a participarem ativamente da vida política:

    “Se nós não procurarmos mudança, se nós não resolvermos o problema dos refugiados, se não fizermos nada disso, então estaremos todos mortos”, pontuou. “Eu sei que isso pode acontecer porque Glória Feita de Sangue, de Stanley Kubrick, me politizou em 1956. E essa é uma história universal, percorre o mundo todo e é adorada pelos jovens”, finalizou.

    Desde que explodiu com Jogos Vorazes, JLaw se tornou uma das atrizes mais brilhantes da nova geração de Hollywood, e acumula três indicações ao Oscar por Melhor Atriz, e uma estatueta pela sua performance em O Lado Bom da Vida. Quando fala sobre a personagem que a catapultou, Lawrence destaca que sempre quis que ela fosse uma brava lutadora, mas precisou manter suas próprias emoções afastadas durante as gravações: “Para mim, o mais difícil de interpretar Katniss foi o fato de a personagem ter relutado tanto quando o assunto era se tornar uma ávida revolucionária”.

    Relutante ou não, Katniss conquistou seu lugar como uma das personagens femininas mais emblemáticas da literatura infanto-juvenil, e ganha ainda mais destaque pela força que recebe de sua intérprete no cinema. E para quem não aguenta mais esperar para acompanhar o desfecho da revolução dos distritos, a contagem regressiva está próxima do fim. A Esperança – O Final estreia no dia 18 de novembro. Já reservou seu ingresso?

     

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