“O filme mais humano do ano. E não é estrelado por nem um único humano.”
Assim o jornalista Matt Patches, da revista Esquire, define Anomalisa. O novo filme de Charlie Kaufman – a maravilhosa mente por trás de Quero Ser John Malkovich, Adaptação., Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e Sinédoque, Nova York é a sua primeira investida em stop-motion e acaba de ganhar o primeiro trailer.
Reunindo elogios que vem colecionando da imprensa especializada em críticas, o trailer mostra o protagonista Michael Stone (dublado por David Thewis) em vários trechos intercalados do filme, enquanto narra uma motivacional lição de vida sobre amores, conexões e a complexidade da vida. O que é ser humano? O que é doer? O que é estar vivo?
Em entrevista exclusiva ao AdoroCinema, Kaufman contou que o projeto surgiu quando um amigo assistiu à peça e gostou bastante: “(...) Entre 2005 e 2012, ele estabeleceu um estúdio de animação e me perguntou se poderia adaptar a história em uma animação em stop-motion. Eu respondi: “Ok, se conseguir arrecadar o dinheiro.” Depois disso, eles começaram uma campanha no Kickstarter e conseguiram o valor necessário para dar início ao projeto.” Leia aqui a entrevista completa.
Em Anomalisa, Michael Stone é um palestrante motivacional que chega a Connecticut para lecionar uma de suas palestras. Solitário, ele tenta fazer contato com uma ex-namorada, mas a iniciativa não dá certo. É quando ele conhece duas hóspedes do hotel e acaba se apaixonando por uma delas, Lisa (dublada por Jennifer Jason Leigh).
Esta é a segunda vez que Kaufman trabalha como diretor, após Sinédoque, Nova York. Ele assume a cadeira junto a Duke Johnson, e analisa a obra como uma história específica de um personagem e sua luta para conseguir se conectar com as outras pessoas. Segundo ele, “há no mundo um desencorajamento da intimidade, da vulnerabilidade”.
Com estreia no Brasil para o dia 28 de janeiro de 2016, Anomalisa foi um dos destaques do Festival do Rio 2015 e foi eleito um dos melhores do festival segundo o AdoroCinema. Assistimos ao filme durante o Festival de Toronto, e aprovamos. Confira a crítica!