Ao longo de 30 anos de carreira, Johnny Depp conquistou um lugar no primeiro escalão dos astros de Hollywood. Ao todo, o ator estrelou quase 60 filmes que arrecadaram mais de 8 bilhões de dólares (não ajustados à inflação) nas bilheterias mundiais. Entretanto, tanto prestígio e popularidade com o público ainda não garantiram ao ator uma estatueta dourada na premiação mais famosa da sétima arte. Mesmo assim, Depp não poderia se importar menos com o assunto.
Em entrevista para o site BBC Newsbeat, o ator afirmou que esnoba o Oscar. "Eu não quero ganhar uma dessas coisas jamais", contou. Uma das motivações para isso? Ele se incomodaria em ter de conceder um discurso na premiação: "Eu não quero ter de falar".
Fazendo jus à máxima que diz que o importante não é ganhar, mas sim competir, o ator ainda afirmou que ser lembrado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas é suficiente. "Eles me deram uma dessas coisas, uma indicação, duas ou três vezes. Uma indicação basta", disse.
Na década passada, Depp conquistou as três indicações ao Oscar de melhor ator que constam em seu currículo. Suas atuações indicadas foram nos filmes Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003), Em Busca da Terra do Nunca (2004) e Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007).
Em Aliança do Crime, seu mais recente trabalho, Depp voltou a ser elogiado por sua atuação como não acontecia há um certo tempo. No filme de Scott Cooper (que estreia no Brasil dia12 de novembro de 2015 depois de ser exibido no Festival de Toronto), o ator interpreta Whitey Bulger, um influente mafioso, irmão de um senador dos Estados Unidos, que organizou suas atividades em Boston antes de se tornar um informante do FBI para derrubar gângsters rivais.
Apesar de ter chances de ser indicado ao Oscar, Depp afirmou que não se deixa levar pelos elogios ou críticas negativas e que reprova o conceito básico de premiações do tipo. "A ideia de vencer significa que você está competindo com alguém e eu não estou competindo com ninguém. Eu apenas faço o que eu quero fazer. As vezes as pessoas não gostam, mas tudo bem", avaliou.