Perdido em Marte estreou na última semana fadado ao sucesso. Trailer envolvente, grande elenco, marketing bacana, críticas positivas exaltando o grande retorno de um cineasta experiente, presença maciça da NASA nos noticiários... Enfim, tudo conspirando a favor. Assim, ninguém ficou surpreso com sua arrecadação chegando à marca dos US$100 milhões em apenas cinco dias. Porém, motivos para tamanha confiança não existiam há dois anos.
"Se você me dissesse que eu estaria no telefone falando sobre como esse é um grande filme de espetáculo, eu teria ficado encantado", conta o produtor e roteirista Drew Goddard, que tinha uma ideia completamente diferente em mente quando concebeu o projeto. "À época, nós sabíamos que seria caro, mas pensávamos que seria mais de nicho do que como Ridley fez", disse ao Esquire o homem responsável por adaptar o livro original, de Andy Weir.
Drew Goddard é um profissional experiente, tendo tido sucesso em filme independente (O Segredo da Cabana), em grande produção de estúdio (Lost) e num híbrido: a série Demolidor, que consegue aliar uma história ambiciosa e adulta ao apelo de um super-herói de quadrinhos da Marvel. Perdido em Marte quase foi submetido à mesma fórmula para ser viável: "Nós teremos que simplificar esse filme", disse ele aos seus parceiros.
Um outro fator para a insegurança de Goddard foi a data em que entregou o primeiro roteiro para a Fox: dia da estreia de Gravidade! "Ah, droga... Será que morreu pra gente?", perguntou-se o cineasta, até perceber que seu filme seria bem diferente do de Alfonso Cuarón, assim como de Interestelar, de Christopher Nolan — o que se confirmou quando Ridley Scott assumiu o projeto, com Matt Damon correspondendo ao grande carisma do personagem na obra original.
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