Valdomiro (Paulo Gustavo): “Tinha que me botar de mulher nesse filme, né, idiota?”
Ferdinando (Marcus Majella): “Você é muito melhor atriz do que ator, todo mundo sabe.”
Valdomiro: “A pessoa querendo emplacar uma coisa séria, fazer um filme cult, fazer um São Francisco de Assis, de repente até botar o Fernando Meirelles pra dirigir, tendo que se vestir de mulher nessa merda.”
O diálogo acima é tirado de uma das cenas de Vai que Cola – O Filme, a superaguardada adaptação da série do canal pago Multishow que chega nesta quinta-feira, 1º de outubro, a 612 salas de cinema (158 cidades) do país, o maior lançamento nacional do ano.
Assim como na TV, o longa-metragem não tem "quarta parede". Valdomiro dialoga o tempo inteiro com o público, e o personagem se confunde com o próprio intérprete. Mas será que há limite para essa "zoação"? Tem, sim, garante o ator em entrevista ao AdoroCinema.
“O limite é a educação e o bom senso”, responde, ao lado do companheiro de elenco e amigo Marcus Majella, que esclarece que “é tudo combinado”, apesar de parecer improvisado.
A brincadeira nos bastidores – que vaza para a tela –, garante o protagonista, não configura bullying. “Bulliyng é quando fica um grupo de pessoas detonando uma só e essa única pessoa não tem a oportunidade de se defender, de se colocar e de se proteger”, atesta.
Para a dupla, a referência – “se é que é preciso escolher uma” – é Os Trapalhões. “Eles sacaneavam o Zacarias o tempo inteiro [chamando] de gordo, (...) o Didi se vestia de Maria Bethânia... a gente faz isso o tempo todo”, contextualiza.
Na entrevista, eles também comentam sobre uma possível continuação do filme e próximos projetos. Afinal, Paulo Gustavo vai mesmo dar vida ao frade católico? O diretor de Cidade de Deus está confirmado no comando do projeto?
“Se eu não tomar um coió do São Francisco de Assis, do próprio São Francisco de Assis, eu vou continuar com esse projeto. A gente [ele e Fernando Meirelles] teve umas três trocas de email, ele ficou interessado em fazer”.
Confira o trailer: