Noite para tirar aquela beca do armário. No último dia 1º de setembro, o Cine Odeon - Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, no centro do Rio de Janeiro, serviu de cenário para a 14ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o “Oscar” do cinema nacional.
Com cerca de duas horas de duração, a premiação contou com a recriação, ao vivo no palco, de trechos de diversos filmes de Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema e grande homenageado da noite. Entre um esquete e outro de filmes como Rico Ri à Toa, Pra Frente Brasil e Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, os atores Marcelo Faria (sobrinho do cineasta), Miguel Thiré, Saulo Rodrigues e Cristina Lago comandaram o anúncio das categorias.
A lista completa de premiados você confere aqui (valendo).
Em homenagem ao centenário de Grande Otelo, que dá nome ao troféu, a direção do Grande Prêmio encomendou um novo desenho da estatueta ao cartunista Ziraldo. Babu Santana (Tim Maia), que (surpresa!) dividiu o prêmio de melhor ator com o veterano Tony Ramos (Getúlio), lembrou da importância do lendário artista brasileiro: “Se nós [negros] nos queixamos das dificuldades que é [atuar] hoje, eu fico imaginando o que era para Grande Otelo”.
E ainda sob o efeito Que Horas Ela Volta? (em cartaz nos cinemas), Jesuíta Barbosa, melhor ator coadjuvante por Praia do Futuro, dedicou o prêmio a Regina Casé.
Mas a noite foi de O Lobo Atrás da Porta, sete vezes laureado. Conversamos com o diretor e roteirista Fernando Coimbra, que apostava na vitória de Leandra Leal (bingo!), mas ficou surpreso com o número de indicações de seu filme (12; duas a menos que Getúlio que, no entanto, levou três estatuetas).
Pela terceira vez premiada no GP, essa foi a primeira em que Leandra Leal estava presente na cerimônia. Já Thalita Carauta (melhor atriz coadjuvante), mais conhecida pelos papéis cômicos, conta como foi ser reconhecida pelo papel em um filme tão denso.
Como diria o apresentador Amaury Junior: Vem comigo!