Depois de trabalhar com diretores como Darren Aronofsky, Terrence Malick, Milos Forman, Mike Nichols e George Lucas, Natalie Portman faz sua estreia como realizadora em A Tale of Love and Darkness, drama baseado no romance autobiográfico homônimo escrito por Amos Oz (lançado no Brasil com o título "De amor e trevas").
Ambientado na década de 1940, o trama conta a história do jovem Amos (Amir Tessler) e de seus pais, Arieh (Gilad Kahana) e Fania (interpretada por Portman). A família judia deixou a Europa por causa da forte onda de antissemitismo perpetrada e incentivada pela Alemanhã Nazista sob o comando de Hitler para levar uma vida melhor na Palestina, quando o território ainda estava sob o Mandato Britânico.
Em Jerusalém, Fania se sente deprimida e vive à beira de um ataque de nervos por causa de sua relação com seu marido. Sua válvula de escape é o laço que tem com Amos, a quem ensina o poder da boa literatura. O filme ainda aborda as tensas relações entre judeus e árabes e as ações que culminaram na criação do Estado de Israel, em 1948.
O trailer, disponível apenas no idioma hebraico original, destaca o cuidado de Fania com Amos, a derrocada da mãe rumo à depressão, a festa entre os judeus quando o Estado de Israel foi criado, e traz tomadas de grande força imagética, como a que encerra o vídeo.
"Ouvi tantas histórias sobre os meus avós. A relação deles com os livros, a aprendizagem de uma nova língua – o hebraico – a relação deles com Israel e a Europa… Senti algo familiar que decidi explorar", afirmou Portman, que é judia, sobre suas motivações para cuidar do projeto
A Tale of Love and Darkness teve sua primeira exibição no Festival de Cannes deste ano, onde Portman concorreu à Câmera de Ouro.