Logo no início do painel sobre Quarteto Fantástico, o diretor Josh Trank passou por uma certa saia justa.
"Não venho à Comic-Con desde que tinha 15 anos. Parei de vir porque se tornou muito Hollywood", afirmou.
"E agora você volta com um filme de Hollywood!", rebate o moderador Chris Hardwick.
"Pois é", concorda, sem se alongar muito.
Se este breve trecho é um indício dos supostos conflitos ocorridos nos bastidores de Quarteto Fantástico entre o diretor e os produtores, não se sabe. Mas revela bastante da personalidade de Trank, um jovem que despontou no cenário independente com o divertido Poder Sem Limites e, repentinamente, se viu em meio à gigantesca máquina de fazer filmes dos grandes estúdios de Hollywood.
Independente dos conflitos internos do diretor, o painel seguiu em frente. Todos os intérpretes dos heróis marcaram presença, assim como o do vilão Dr. Destino: Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan, Jamie Bell e Toby Kebbell. "Uma das coisas que queremos fazer é mostrar que o mundo dos super-heróis é possível", disse a intérprete da Mulher-Invisível.
Trank, por sua vez, ressaltou que Quarteto Fantástico é uma espécie de prelúdio da versão icônica que os heróis se tornaram, quando estão mais à vontade com seus superpoderes. "Esta é uma boa oportunidade de explorar o lado trágico destes personagens, que não havia sido abordado antes. Seguindo a linha de Jack Kirby, de que eles são monstros", explicou o diretor, citando o lendário desenhista e roteirista de quadrinhos. "Este filme é mais ciência do que ficção científica", lembrou o produtor Simon Kinberg.
Além da conversa com diretor, produtor e elenco, o painel contou também com a exibição do trailer final de Quarteto Fantástico - que ainda não foi disponibilizado online. A estreia do filme nos cinemas brasileiros está agendada para 6 de agosto.