Num festival de cinema marcado principalmente por histórias de amor entre rapazes, um dos principais destaques até agora apresenta o amor entre duas garotas. Summer, drama holandês dirigido por Colette Bothof, conquistou o público do Rio Festival Gay de Cinema 2015, e não surpreenderia se fosse recompensado pelo júri principal.
A trama gira em torno de Anne (Sigrid ten Napel), adolescente que começa a ver todos os seus amigos e amigas namorando durante o verão. Ela ignora os flertes dos garotos, e logo se descobre atraída por uma garota nova no vilarejo. A atriz principal é excelente, e a ambientação mostra toda a delicadeza e atenção da diretora. A conclusão perde um pouco da força inicial, mas Summer ainda se destaca como um ótimo filme de passagem à fase adulta.
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Outra produção muito esperada no Rio FGC levou muitos espectadores ao Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro - Odeon: trata-se de Pierrot Lunaire, produção do controverso diretor Bruce LaBruce, a partir da música clássica de Schönberg. O filme se destaca pelo formato de imagem mais quadrado do que de costume, sem som direto e em preto e branco. No entanto, a história sobre uma transexual em busca de um pênis no intuito de se tornar um "homem completo" para sua namorada levou o público às gargalhadas. No final, a sessão pareceu muito mais longa do que seus cinquenta minutos de duração, e a ideia bastante pretensiosa não cumpriu nem de perto as expectativas.
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