Em 2013, o Rio Festival Gay de Cinema começou em clima de romance, com o drama Five Dances. Em 2014, o filme de abertura foi o politizado Out In the Line-Up, sobre a homossexualidade no esporte. A noite de abertura da edição 2015 tomou um rumo totalmente diferente, dando ênfase à performance e à cultura queer.
O Centro Cultural Luis Severiano Ribeiro - Odeon recebeu uma apresentação do grupo Drag-se, que defende a criação drag como manifestação artística e construção da própria personalidade. O primeiro curta-metragem exibido, Castle Laforge, também brincou com a representação underground de pessoas de gêneros e sexualidades variados, sem recorrer ao uso de rótulos.
O longa-metragem de abertura, Gazelle - The Love Issue, confirmou esta linha curatorial. O documentário nacional mostra a vida e a arte deste brasileiro que se destacou no cenário queer em Nova York, criando a prestigiosa revista Gazelland. O filme transita entre a performance e o registro documental, tocando na questão do HIV com naturalidade. É uma pena que o diretor Cesar Terranova não tenha se aprofundado mais na história desta figura tão interessante, preferindo uma abordagem agradável e inofensiva.
O festival continua nesta sexta-feira, apresentando, entre outros, os longas-metragens Little Gay Boy e Jess & James. Descubra todas as informações no site oficial do Rio FGC 2015.