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    15 canções marcantes do cinema nacional

    O casamento de música e cinema rendeu belos frutos no Brasil. Relembre alguns grandes momentos.

    "Tudo que eu quiser / O cara lá de cima vai me dar / Me dar toda coragem que puder / Que não me falte forças pra lutar"

    Filme: Lua de Cristal (1990)

    Música: "Lua de Cristal"

    IntérpreteXuxa

    Compositor: Michael Sullivan / Paulo Massadas

    Nem só de grandes nomes da MPB é feita esta lista. Verdade seja dita: Xuxa não é uma grande atriz, tampouco uma grande cantora, mas é uma grande personalidade da TV brasileira que, por conta de seu carisma com o público atuou em mais de 20 filmes, vendeu mais de 45 milhões de discos e levou mais de 28 milhões de pessoas para os cinemas.

    O maior sucesso de Xuxa nas telonas foi o filme Lua de Cristal, em que a apresentadora interpreta uma jovem aspirante a cantora que corre atrás do sonho de se firmar como cantora apesar da perseguição de sua tia e seus primos. Ou seja, é uma versão brasileira de Cinderela em que Sérgio Mallandro, de alguma maneira, é o príncipe encantado.

    A canção-título é tocada no final do filme, quando Maria da Graça concretiza seu sonho de ser cantora e sobe ao palco de um festival vestida de princesa. Com direito a bateria eletrônica com eco, teclados grandiloquentes e todos os clichês da produção musical pop da época, a canção fala sobre perseverança e encerra a fábula moderna de maneira adequada. 

    O filme inicialmente iria se chamar Xuxa e a Turma Invencível, mas o produtor Diler Trindade resolveu alterar o título do longa quando Michael Sullivan apresentou a música a equipe. 

    Uma curiosidade: Na época do filme, a expressão "o cara lá de cima", causou certa polêmica, pois grupos religiosos consideraram uma maneira excessivamente informal de se referir a Deus.

    "Xica da Silva / A Negra! A Negra! / De escrava a amante / Mulher!"

    Filme: Xica da Silva (1976)

    Música: "Xica da Silva"

    Intérprete: Jorge Ben Jor

    Compositor: Jorge Ben Jor

    Escrita especialmente para o cinema, a canção-título de Jorge Ben Jor ganhou repercussão nacional ao narrar a história da Francisca da Silva de Oliveira, interpretada por Zezé Motta no filme Xica da Silva, de Carlos Diegues. "A imperatriz do Tijuco / A dona de Diamantina / Morava com a sua corte / Cercada de belas mucamas", diz a letra da canção sobre a negra alforriada que teve um tórrido romance com o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira e usou seu charme e beleza para ganhar respeito na Minas Gerais da segunda metade do século XVIII.

    Diegues entregou o argumento do filme para Jorge Ben, que tranformou o texto em música praticamente sem alterar o material original. Por isso os versos são tão literais.

    A melodia vocal espontânea e despreocupada do cantor marca a canção, que é adequadamente carregada de instrumentos rítmicos afro-brasileiros. Os versos do refrão — "Xica dá, Xica dá, Xica dá, Xica da Silva / A negra" — fazem um trocadilho com o apelo sexual da personagem e constituem a parte mais inconfundível da obra.

    Xica da Silva, o filme, teve mais de 3 milhões de espectadores e se tornou o longa mais assistido da filmografia de Cacá Diegues. "Xica da Silva", a canção, foi lançada no disco "África Brasil" (1976), um dos mais importantes de Jorge Ben, que marcou sua transição do violão para a guitarra e reafirmou sua posição como uma importante voz da cultura negra no Brasil.

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