Mudanças no mercado
Antigamente, era só comprar o bilhete do cinema e ir assistir a uma sessão. Ou a várias, já que você podia permanecer na sala após o filme terminar (o que permitia que você entrasse no meio de um filme e visse a parte que perdeu na sessão seguinte, por exemplo). Não havia poltrona marcada e, em filmes mais badalados, era recomendável chegar mais cedo para conseguir um bom lugar.
As sequências até existiam, mas em número bem menor do que nos dias atuais. Os trailers eram ansiosamente aguardados e vistos sempre no cinema (um ou outro, dos filmes maiores, ia para a TV). Não existia internet, então as informações eram escassas. Prequel, crossover, reboot, spoiler e mashup eram palavras estranhas, que poucos conheciam (algumas sequer existiam!).
Sala IMAX? Nem pensar! Os filmes eram todos em película, nada de digital. E estreavam às sextas, mas esta mudança foi recente, tem um ano apenas. O som muitas vezes era problemático, o que prejudicava bastante os filmes brasileiros (as legendas salvavam nos internacionais). E o AdoroCinema só passou a existir em 2000 (não se esqueça, 15 anos ;-)
Caso você tenha passado por alguma (ou várias) destas fases, é sinal de que está ficando velho. Ou mais experiente, se preferir. Mas, independente das mudanças vividas, o que importa é que a paixão pela sétima arte permaneça, seja ela da forma que for, e que o passado seja sempre lembrado pela nostalgia de um tempo que se foi mas é também constantemente relembrado. Ou você acha que é mero acaso o sucesso de filmes como O Artista e A Invenção de Hugo Cabret, que homenageiam a história do cinema? Ou ainda as constantes citações aos filmes clássicos, presentes no novo Star Wars - O Despertar da Força?
O tempo não pára, como dizia o poeta. Para o bem e para o mal.