Conhecido pelo papel de Sheldon em The Big Bang Theory, Jim Parsons chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira como a voz de Oh, personagem principal da divertida animação Cada Um na Sua Casa. Convidado pela Fox Film do Brasil, o AdoroCinema conversou com o ator. Ele falou sobre a nova experiência como dublador, mas também falou sobre TBBT, sobre interpretar Deus na Broadway e sobre o trabalho em The Normal Heart. Confira!
O que interessou você em Cada Um na Sua Casa?
Bem, eu estava muito interessado em fazer uma animação. Nunca tinha feito uma e certamente já admirava o formado a bastante tempo. A primeira coisa que me mandaram foi um desenho do pequenino personagem, Oh, este pequeno alien roxo, e eu achei ele fascinante. Era uma adorável criatura e fiquei empolgado deles quererem a minha voz para ela. O motivo final é que eu realmente achei que era uma história maravilhosa. O que eu mais gosto no filme é justamente esta história de que coisas incríveis podem acontecer se não prejulgarmos as pessoas, se permitirmos as pessoas de serem quem elas realmente são e as grandes amizades que você pode viver se aceitar isso.
Você pode falar um pouco sobre Oh? De que forma conseguiu se relacionar com ele?
O que eu mais gostei é que ele tem uma qualidade que todos nós temos, mas que muitas vezes temos que ser lembrados disso, que é uma curiosidade entusiástica sobre a vida e sobre tudo ao seu redor. Ele tem uma sede por fazer amigos e se divertir. São qualidades muito positivas que todos nós temos, mas que muitas vezes não nos concentramos nelas o tempo todo. Foi muito legal, durante o processo de dublagem, ter que viver neste tipo de energia. É contagiante. Você quer continuar neste estado.
Como foi encontrar a voz de Oh?
Uma das coisas mais difíceis foi que ele fala uma espécie de inglês quebrado. Ele não tem o domínio completo da língua. Eu queria ter certeza que isso ficasse o mais claro possível durante o processo de dublagem. Não queria que fosse algo confuso. Tinha que ser claro que ele falava daquela forma, mas não poderia ser algo difícil de entender. A voz dele é meio que uma combinação desta vontade de passar tudo claramente com todo seu entusiasmo.
Na maioria das vezes, a dublagem é um trabalho solitário, mas você teve a chance de interagir com outros nomes do elenco como Rihanna e Steve Martin?
Sim, foi maravilhoso. É verdade, na maioria das vezes você grava sozinho. Mas tive algumas cenas com os dois. A Rihanna é tão divertida e muito acolhedora. Foi muito natural fazer algumas cenas com ela. E foi muito interessante trabalhar com o Steve Martin. Acho que ele é uma das pessoas mais criativas com quem trabalhei, eu fiquei impressionado. É brilhante, uma pessoa muito corajosa e inventiva.
Como foi a experiência de trabalhar em uma animação?
Eu amei. No início, foi desafiador pois muito do trabalho acontece na sua mente. Você tem que imaginar de uma forma que não acontece em outros trabalhos de atuação. Mas quando me acostumei, achei muito recompensador e adoraria fazer mais.
Podemos esperar Cada Um na Sua Casa 2?
Espero que sim. Eu certamente adoraria interpretar este personagem mais uma vez e ver em que outras situações ele se meteria. Veremos.
Quais são seus próximos projetos?
Eu vou fazer uma peça na Broadway neste verão (americano). É uma peça em que Deus desce à Terra para falar com as pessoas. Estou muito empolgado. O título é An Act of God. E depois disso eu não sei. No outono, eu volto para Los Angeles para gravar a nona temporada de The Big Bang Theory. Vamos ver o que acontece depois.
O que podemos esperar do futuro próximo de Sheldon?
Bem, acho que ele e Amy Farrah Fowler vão continuar a explorar sua relação e veremos até onde eles vão. Eu não tenho certeza.
Vocês tiveram um episódio muito emocionante recentemente, com a partida da atriz Carol Ann Susi e da Sra. Wolowitz. Como é lidar com este tipo de sentimento em uma comédia?
Foi um grande desafio, foi muito duro pra gente quando Carol morreu. Ela fez parte da série desde o começo. O público nunca a via, só ouvia, mas nós a encontrávamos frequentemente. Foi uma grande surpresa e algo muito triste. Era importante para a gente que todas as cenas que falassem sobre a sua morte fossem feitas da forma mais respeitável possível. Ficamos muito orgulhosos de como ficou o produto final. Sentimos muita falta dela.
Você se destacou no filme The Normal Heart, da HBO, no ano passado. Pode falar um pouco sobre a experiência?
Eu já tinha feito a versão para o teatro da história e tive a sorte de ser chamado pelo Ryan Murphy para o filme. Nos dois casos, foi uma experiência muito poderosa. Foi muito bom fazer parte de algo que ajuda a passar conhecimento para uma nova geração que talvez não tenha a noção completa dos tempos difíceis vividos no início da epidemia da Aids. Tivemos muitos avanços desde então e de certa forma ficou mais fácil não saber de toda história. Foi gratificante ver a reação desta nova geração ao descobrir coisas que eles não sabiam. Fiquei muito orgulhoso de fazer parte do projeto.