Filme autoral com 70 locações? Um branquelo como um típico carioca? Cena de praia filmada em dia nublado?
É contra os estereótipos associados à rivalidade Rio-São Paulo (e ao cinema em si) que o ator Caio Blat, a diretora Júlia Rezende e a produtora Mariza Leão se posicionam, ao falar dos bastidores de Ponte Aérea, no vídeo oficial que o AdoroCinema traz acima com exclusividade.
No longa que chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 26, Blat é Bruno, um artista carioca descolado que conhece a publicitária paulista bem sucedida Amanda (Leticia Colin) durante um voo. Devido ao mal tempo, a rota é desviada e eles fazem um pouso de emergência de Belo Horizonte, onde acabam passando a noite juntos. Apesar de bem diferentes, eles se encantam um pelo outro, a despeito dos 360 Km (em linha reta!) que os separam.
“Num primeiro momento, [quando] você pensa Rio-São Paulo, você polariza essas duas cidades e coloca o Rio como... o Rio tem cor, São Paulo é cinza. E aí, logo que a gente chegou nisso, [pensei] mas não é isso que eu quero. Isso de alguma maneira já é um julgamento”, explica a diretora de Meu Passado Me Condena - O Filme. Ela revela que, para uma cena filmada na praia, por exemplo, optou por “um dia branco”.
“Eu sou o estereótipo do paulista, branquelo, que não vai à praia, fazer um carioca praieiro foi um desafio muito grande”, comenta, por sua vez, Caio, caprichando no chiado. O vídeo ainda revela como foram feitas as tatuagens do personagem (e Colin ganhou um aplique nos cabelos).
“Acho que a Júlia me enganou. Ela veio com um filme autoral [...], mas não era nada disso, porque esse filme tinha 70 locações”, brinca a produtora Mariza Leão (De Pernas pro Ar, Meu Nome não é Johnny).
Confira o trailer: