Bret Easton Ellis/ Psicopata Americano (2000)
Apesar de ter trabalhado na adaptação de “The Informers” (Informers - Geração Perdida – “O filme não funciona por uma série de razões, mas eu não acho que nenhum desses motivos seja culpa minha”, declarou certa vez), Bret Easton Ellis não morre de amores por nenhum longa-metragem baseado em seus livros (bom, talvez Regras da Atração). Sobre Psicopata Americano, especificamente, ele acha que o filme nunca deveria ter sido feito. Simples assim. E por quê? Com a palavra, o autor: “eu acho que o problema com ‘Psicopata Americano’ é que a obra foi concebida como um romance, um trabalho literário, centrado em um narrador pouco confiável e o filme é um tipo de mídia que exige respostas. Por mais ambíguo que você seja [na realização de um filme], não importa, você sempre estará buscando respostas, uma resposta visual. E eu não acho que ‘Psicopata Americano' é mais interessante, particularmente, se você sabe que ele de fato agiu ou se aquilo não aconteceu apenas na cabeça dele. Acho que a resposta a essa pergunta torna o livro infinitamente menos interessante”. É um discurso coerente.