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    Fim dos megalançamentos: Ancine quer proibir filmes ocupando mais de 30% das salas de cinema

    O presidente da instituição deseja regular as práticas "predatórias" de distribuição.

    Você já deve ter percebido, nos cinemas perto da sua casa, alguns megalançamentos que ocupam quase todas as salas disponíveis. Nos últimos anos, esta tem sido uma tendência crescente, com produções hollywoodianas lançadas simultaneamente em mais de 1200 salas do país. Em um circuito que contém cerca de 2800 salas no total, esta prática pode ser considerada "predatória", de acordo com Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional do Cinema, a Ancine:

    “Nem na Europa nem na América do Norte isso acontece. Nos EUA, os lançamentos não passam de 10% das telas. Na França, de 15%. O México chega a 20%. Mas no Brasil nós atingimos situações de 60%, muito frequentemente de 45%”, ele afirmou ao Filme B em uma conferência na Argentina. O problema, de acordo com Rangel, não é a presença de um mesmo filme em vários complexos, mas a concentração de um título em diversas salas do mesmo complexo.

    Nesta quarta-feira, dia 10 de dezembro, uma reunião final trará propostas de controle da distribuição cinematográfica, que tende a limitar a ocupação de um filme a 30% do mercado nacional. "Por enquanto, posso dizer que mais ou menos 90% das empresas exibidoras em atuação no país concordaram em assinar o documento”, explica Rangel, que busca conferir maior autonomia aos exibidores em relação aos distribuidores.

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