Nem José Padilha, nem Hector Babenco, muito menos Bruno Barreto. O diretor que mais levou gente aos cinema na história da cinematografia nacional é um croata (sim, um croata) de nome Josip Bogoslaw Tanko. O motivo é um só. Ou melhor, quatro: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
J.B. Tanko, como é mais conhecido, tem 6 dos 20 filmes brasileiros de maior público da história do cinema nacional. Todos dos Trapalhões. Aliás, o quarteto é responsável por simplesmente metade dos longas-metragens que mais levaram gente às salas de cinema entre 1970 e 2013 – período contabilizado pelo Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA), da Ancine (Agência Nacional do Cinema), nossa fonte, no estudo mais completo de que se tem notícia.
Somadas as bilheterias, o homem por trás da produtora J.B.Tanko Filmes tirou 29.651.435 de casa, ou mais de 26% do público que optou por um filme sem legendas no período (total de 112,885,071).
Responsável pelo comando de três filmes dos Trapalhões no top 20, Adriano Stuart, também não fez feio. E Hector Babenco tem dois títulos na lista.
Num cenário dominado pelas comédias (13, ao todo), tem até um filme de sexo explícito. Das 11 produtoras do top 20, todas são do eixo Rio-São Paulo. E a década de 1990 foi um período de blackout para o cinema nacional. O topo da lista, você sabe, é um “osso duro de roer”. Pegou um, pegou geral e também pegou você.