Celebração. Este foi o tom do coquetel organizado pelo grupo Estação para anunciar seus planos para os 30 anos da empresa, a serem comemorados em 2015. Não apenas pela data festiva, mas também por superar a maior crise enfrentada pela exibidora carioca, ameaçada de falência até agosto deste ano.
"Preciso dizer que, no início de 2014, acreditava que este seria o último ano do Estação", disse Marcelo França Mendes, presidente do grupo. "Tínhamos uma dívida de R$ 31 milhões e hoje não devemos nada", complementou, agradecendo o apoio não apenas dos credores mas também de todos aqueles que se manifestaram a favor do grupo, seja no Facebook ou através dos movimentos organizados diante do Estação Botafogo.
Com a situação financeira equacionada e impulsionado pela recente parceria com a NET, o Estação revelou alguns de seus planos para 2015. Um deles é a realização de uma mostra com clássicos dos anos 1980, que acontecerá em janeiro. Vestida para Matar, Gremlins, Scarface, Dublê de Corpo, Excalibur, Os Caça-fantasmas, Veludo Azul, Conta Comigo, A Mulher do Lado e Minha Adorável Lavanderia são alguns dos filmes que estarão de volta, em exibição exclusiva no Estação Botafogo.
A sala que marcou o início do grupo receberá, também em janeiro, a tradicional maratona noturna, onde três a quatro filmes são exibidos madrugada adentro. A primeira contará apenas com filmes de terror: A Mosca, A Hora do Pesadelo, Uma Noite Alucinante e A Hora do Espanto.
Outras novidades anunciadas foram o projeto Estação Circular, onde documentários brasileiros de pequeno porte terão espaço reservado em todas as salas do grupo por um período mínimo de um mês; e uma parceria com o Queremos, iniciativa de crowdfunding onde o público poderá escolher (e batalhar) quais filmes serão exibidos. A sala 5 do Estação Gávea passará por reformas para abrigar o projeto Teatro Cine, proposto pelo cineasta Domingos de Oliveira, com a construção de um palco que permitirá a exibição de peças teatrais em horários alternativos.