Sim, chegou aquela época do ano que é o Natal da cinefilia carioca, o Hanukkah dos amantes do cinema. O Festival do Rio 2014 teve início oficialmente na noite dessa quarta-feira, 24, com a exibição do filme O Sal da Terra, documentário sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, dirigido pelo filho dele, Juliano Ribeiro Salgado em parceria com o cultuado Wim Wenders.
O cineasta alemão não compareceu à cerimônia de gala de abertura, mas o homenageado, que tem fama de recluso, subiu ao palco do Teatro Oi Casa Grande ao lado do filho e da esposa, Lélia Wanick Salgado, onde o fotógrafo contou histórias de viagens e fez um relato sincero da relação com a família – distante, geograficamente, muitas vezes, por conta das andanças a trabalho. Essa foi a primeira projeção do filme - vencedor do Prêmio Especial da seção Un Certain Regard no último Festival de Cannes - na terra do fotógrafo.
A noite foi aberta com uma bonita homenagem ao documentarista Eduardo Coutinho, morto no último mês de fevereiro, com a exibição de trechos do filme Eduardo Coutinho, 7 de Outubro, de Carlos Nader, e seguiu com um clipe colagem de imagens do ator José Wilker, que faleceu em abril.
Conversamos com a diretora do Festival, Ilda Santiago, o cineasta Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema, os atores Juliano Cazarré e Marcelo Serrado, o anfitrião da noite, Juliano Ribeiro Salgado, entre outros.
“Está aberta a temporada cinéfila do Rio de Janeiro”, anuncia a mestre de cerimônias, Cláudia Raia.