Casa Grande (Toulouse/ Paulínia)
Um retrato da nova classe social brasileira pós-Eike Batista, Casa Grande, do carioca Fellipe Barbosa, levou o segundo maior número de prêmios, quatro, na última edição do Festival de Paulínia, em categorias importantes como o prêmio especial do júri, roteiro, ator (Marcelo Novaes) e atriz coadjuvante (Clarissa Pinheiro). De tons autobiográficos, o longa conta a história do jovem Jean (o estreante Thales Cavalcanti), de como ele descobre que seus pais, superprotetores, estão falidos, ao mesmo tempo em que desperta para o primeiro amor. Também passou por Roterdã e Toulouse, onde ganhou os prêmios da audiência e crítica (FIPRESCI). Selecionado para a mostra competitiva da Première Brasil.
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Castanha (Buenos Aires/ Paulínia)
Antes de receber o prêmio de Melhor Som no mesmo Festival de Paulínia, este documentário viu o seu protagonista, João Carlos Castanha, ser eleito o Melhor Ator no Las Palmas Film Festival. “Mas prêmio de ator, em documentário, pode?”, você deve estar se perguntando. Acontece que Castanha, de 52 anos, é também ator. Ele, que vive com a mãe septuagenária, trabalha na noite porto-alegrense como transformista em boates gays. As fronteiras são borradas mesmo. É ele quem a câmera acompanha. “O bom é que a gente é selecionado como ficção, para alguns festivais; e como documentário, em outros, então, acabamos atuando dos dois lados”, comentou Davi Pretto, que recebeu uma menção especial no Festival Internacional de Cine Independente de Buenos Aires, como diretor. O filme ainda passou pelas mostras de Edimburgo e Hong Kong. Ah, no Rio, ele será exibido na mostra Novos Rumos, fora de competição, como ficção.
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