Blind (Sundance/ Berlim)
Eskil Vogt levou o Prêmio de Argumento (Cinema Mundial) em Sundance por Blind. O longa norueguês também passou por Berlim (onde abocanhou o Prêmio Label Europa Cinemas) e outros quatro festivais. Pudera. Delicado e criativo, o filme conta a história de Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) que, depois de perder a visão, resolve ficar isolada em sua própria casa. Confinada, ela faz um esforço para lembrar de suas vivências e, ao mesmo tempo, inventa experiências futuras em um exercício de ficção – envolvendo, entre outros, seu próprio marido. “O real não importa, desde que eu consiga visualizar bem”, ela provoca. Parte da mostra Expectativa 2014.
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Boyhood - Da Infância À Juventude (Berlim)
“Se você não ficar absolutamente encantado com Boyhood e/ou considerar que não fez um bom uso do seu tempo (assistindo ao filme), eu lhe darei esse tempo de volta executando qualquer uma de suas tarefas diárias por até 2 horas e 43 minutos”, que é o tempo de duração do filme. Assim garantiu o produtor do longa, John Sloss, em julho, quando a obra estreou em algumas salas nos Estados Unidos. E ele sabia do que estava falando. No site Rotten Tomatoes, que compila críticas especializadas ao redor do mundo, a aprovação do filme é de 99% (era 100%, em julho). Não à toa, Richard Linklater (da trilogia que se iniciou com Antes do Amanhecer) foi escolhido o melhor diretor no último Festival de Berlim. Ele escalou o menino Ellar Coltrane como protagonista da história fictícia, que mostra a passagem da infância para a juventude e o filmou durante 12 anos (!). Selecionado para a mostra Panorama do Cinema Mundial.
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