1. Aquela palavra que começa com “o”
O Protetor é a segunda parceria entre Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua. A primeira aconteceu em 2001, com Dia de Treinamento, filme que rendeu o Oscar de Melhor Ator a Denzel. Ambos as produções estrearam no Festival de Toronto (TIFF). Por conta dessas coincidências, muita gente já apostava em uma indicação para o ator antes mesmo desta estreia mundial do filme. Washington, apesar da boa performance, no entanto, vai ter uma concorrência violenta pela frente: Jake Gyllenhaal (Nightcrawler), Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo), Benedict Cumberbatch (The Imitation Game), e os elencos de Foxcatcher (Steve Carell, Channing Tatum, Mark Ruffalo) e 99 Homes (Andrew Garfield, Michael Shannon) estão merecidamente entre os mais cotados até agora.
2. O papel foi interpretado, inicialmente, por um ator branco
O Protetor é a adaptação da série de TV The Equalizer (título original do filme), que foi ao ar nos Estados Unidos entre 1985 e 1989. O protagonista foi vivido por Edward Woodward, ator caucasiano, que ganhou o Globo de Ouro em 1987 pelo papel. Woodward, que não é muito conhecido no Brasil, faleceu em 2009, aos 79 anos.
3. Batman style
Robert McCall (Denzel) é, aparentemente, um sujeito pacato, metódico, que trabalha em uma loja de departamentos. Mas ele esconde um passado como ex-agente policial. E não pode ver alguém sofrer alguma injustiça, que vai à forra. Discretamente. Por isso, é uma espécie de Batman. Do tipo que deixa os bandidos amarrados na cena do crime para a polícia recolher.
4. Chloë Grace Moretz como você nunca viu antes
“Quantos anos tem essa menina mesmo?”, é a primeira pergunta que vem à cabeça quando Chloë Grace Moretz aparece em cena, de peruca, roupa justa e maquiagem bem carregada (17 anos, não se dê ao trabalho). Com mais de 20 filmes na carreira, em O Protetor, ela faz uma prostituta. E ela dá conta, apesar do estereótipo de sua personagem (retomaremos o assunto no ítem 6).
5. Tiro, porrada e bomba
Imagine um saca-rolhas atravessando a mandíbula de alguém do alto do pescoço até ficar aparente na boca. Imaginou? Então, tem bastante disso lá.
6. Déjà vu
McCall diz frases como “você pode ser o que você quiser ser”. Teri (Grace Moretz) é prostituta, mas queria mesmo era ser cantora. A gangue do mal é russa. O vilão (Marton Csokas) faz cara de vilão (curva a boca em arco para baixo) – e é todo tatuado (demônios e caveiras).
7. Risos involuntários
Por conta dos clichês, na sessão para a imprensa em Toronto aberta também ao público puderam ser ouvidas algumas risadinhas involuntárias.
8. Capricho
Apesar disso, nota-se um cuidado especial por trás da cinematografia: sequências que partem de detalhes, preocupação com o foco como recurso narrativo, enquadramentos nada óbvios.
9. Franquia?
Orçado em US$ 50 milhões, mesmo antes de ser lançado, este O Protetor já teve o sinal verde dos estúdios Sony para ganhar uma sequência, segundo a publicação Indiewire. E pode ser que o filme dê origem a uma franquia. Mote há.
10. Matthias Schoenaerts
Talvez influenciado pela violência do filme (a experiência da tela Imax também contribui, é verdade), este repórter passou a temer por sua segurança ao perceber que o cara ao seu lado se escondia embaixo de um boné e capuz. Mas era só o ator Matthias Schoenaerts disfarçado. (Ok, essa não tem a ver diretamente com O Protetor). O protagonista de Ferrugem e Osso está em Toronto com dois filmes, The Drop e A Little Chaos.
O Protetor estreia já já no Brasil: 25 de setembro.