Cacildis! Já faz 20 anos que o Brasil ficou um pouco mais triste... Há duas décadas, morria aos 53 anos Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum.
Nascido no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 1941, Antônio Carlos teve uma infância pobre no Morro da Cachoeirinha, na zona norte da capital fluminense. Aos 18 anos, alistou-se na Aeronáutica, atuando no serviço militar por oito anos.
Sua ligação com a arte nasceu com a música. Dividia o tempo na Aeronáutica com o posto de tocador de reco-reco no grupo Os Modernos do Samba. Na sequência, fundou o grupo Os Sete Modernos, que mais pra frente seria conhecido como Os Originais do Samba, de grande importância no cenário do samba carioca na década de 60.
Migrou para a TV em 1965, quando trabalhou como comediante em Bairro Feliz. Nos bastidores do programa, teria recebido o apelido de Mussum por parte do lendário Grande Otelo. No início dos anos 70, é apresentado por Jair Rodrigues à Dedé Santana, que sugere seu nome à Renato Aragão. Nascia assim Os Trapalhões, que teve sua formação completa em 1974, com a chegada de Zacarias.
Como parte do quarteto, Mussum alcançou fama nacional e reconhecimento, que não diminuíram com sua morte. A internet, por sinal, o transformou em meme, com suas frases podendo ser vistas em páginas e produtos por todo mundo.
Foram mais de 20 anos na televisão e 27 filmes, todos propagando um humor que muito dificilmente sobreviveria no mundo politicamente correto de hoje. Muitas de suas piadas giravam em torno da bebida, ou como ele gostaria de chamar, do “mé”.
Nos cinemas, tem como trabalhos mais marcantes Os Saltimbancos Trapalhões, Os Trapalhões e o Mágico de Oroz, Os Trapalhões no Auto da Compadecida, dentre muitos outros. Seja através do cinema, da TV, da música... uma coisa é certa: Mussum é eternis!