Promovendo o lançamento em DVD e Blu-ray de Rio 2, que acontece nesta quarta-feira, 23 de julho, o diretor Carlos Saldanha conversou com exclusividade com o AdoroCinema. Ele falou um pouco sobre o sucesso da animação, que levou cerca de 5,2 milhões de espectadores nos cinemas do Brasil, e também sobre os próximos projetos: o desenho Ferdinand e o filme com atores Rust. Também falou sobre seu segmento no longa coletivo Rio, Eu Te Amo e sobre a possibilidade de um Rio 3.
Confira o bate-papo na íntegra!
Rio 2 é o terceiro filme mais visto no Brasil em 2014. Você esperava todo este sucesso?
A gente ficou muito feliz com o sucesso. Já tínhamos uma expectativa que o filme fosse bem, por toda trajetória do primeiro. A gente fica sempre naquela expectativa legal do que o filme vai se dar bem. Então, fiquei super feliz com este resultado, com a aceitação do público. Agora, preparamos o DVD com muitas novidades para o público em geral, com muitos extras, aquele processo de sempre. É muito legal, principalmente para aquelas famílias e pessoas que não tiveram a oportunidade de ver no cinema.
Diante deste ótimo resultado, vem aí um Rio 3?
Hoje em dia, faz parte desta trajetória de vários filmes de sucesso que acabam virando uma franquia, com uma sequência de histórias. Com o sucesso de Rio 2, a gente já começa a se perguntar se vai sair Rio 3, mas são vários fatores que vão determinar isso. O principal é ter uma história legal para contar. Já temos os personagens, que adoramos, mas temos que pensar a história. E também precisa de tempo. Eu já estou trabalhando em um outro filme, então é complicado buscar o tempo hábil para desenvolver uma produção complexa como esta, que demora de 3 a 4 anos para ficar pronta. Estamos pensando ainda, mas não tem nada decidido.
Você dirigiu um dos segmento de Rio, Eu Te Amo. Fale um pouco sobre o trabalho.
Foi muito legal, uma experiência incrível. Não só por poder dirigir atores, mas também por filmar no Brasil, que é uma coisa que eu nunca tinha feito. Eu trabalhei mais uma vez com o Rodrigo Santoro, que também está no Rio. Também foi muito legal trabalhar com a Bruna Linzmeyer. Foi algo único para mim. A complicação foi que eu tive que filmar enquanto estava fazendo Rio 2. Estava no meio da produção e tive que tirar três semanas de férias para fazer Rio, Eu Te Amo. Mas foi muito legal e fiquei honrado de ter sido escolhido para participar do projeto.
Para você que passa tanto tempo fora do país, como é esta relação com o Rio de Janeiro através do cinema?
É um privilégio total. Já fazendo Rio e Rio 2, eu me divertia todo dia com a oportunidade de poder falar sobre o Brasil, sobre o Rio de Janeiro. Quanto chegou o convite para Rio, Eu Te Amo, eu estava pronto. E eu peguei uma locação que nunca tinha usado nos meus filmes, que foi o Theatro Municipal, pude fazer algo que foi inédito para mim.
Você pode falar um pouco sobre o projeto da animação Ferdinand?
É uma adaptação de um livro infantil, que é a história do Ferdinand. É um projeto que eu estou desenvolvendo há mais de um ano e agora estou começando a produção. É pra ser lançado em 2017. É um livro que é bem conhecido nos Estados Unidos, é um clássico infantil.
Como é trabalhar com uma adaptação?
É um desafio. A vantagem é que você já tem a ideia, é um projeto que já tem uma base. Ao mesmo tempo, tem o desafio de você manter o projeto conectado com a essência do original, mas com um diferencial. É um livro pequeno, então são precisas muitas ideias para desenvolver a história.
Tem outros projetos em vista?
Tenho vários projetos. Um deles é um filme de live-action chamado Rust, que é uma adaptação dos quadrinhos. Estamos desenvolvendo ainda, vendo roteiro, mas não tem nada decidido. Também tenho projetos no Brasil, mas nada sólido o bastante, nada que possa divulgar. Mas tenho conversado direto com atores e diretores por aqui para buscar novidades e coisas que me interessem.