Foi o assunto da semana. A Arquidiocese do Rio de Janeiro, dona dos direitos de imagem do Cristo Redentor, proibiu a exposição da estátua no filme Rio, Eu Te Amo. O Cristo tem participação marcante no curta dirigido por José Padilha, Inútil Paisagem. Na trama um instrutor de asa delta, interpretado por Wagner Moura, salta da Pedra Bonita e analisa as pessoas e a cidade, travando uma espécie de diálogo com o famoso ponto turístico. Segundo informações de bastidores, o personagem desabafa, solta alguns palavrões e cobra do Redentor uma participação maior na sociedade. De acordo com assessoria de imprensa da Arquidiocese, “há cenas no filme em questão que foram consideradas ofensivas à imagem do Cristo e, consequentemente, à casa dos católicos”.
O impasse vem desde o início do ano, mas apenas agora tornou-se público. A versão de Rio, Eu Te Amo exibida no Festival de Cannes para distribuidores já não continha o segmento de Padilha e o cartaz divulgado quinta-feira não traz o nome do diretor, indicando que os produtores preferiram retirar o curta do filme episódico. Padilha e Wagner reagiram ao veto da Igreja e classificaram a atitude como "censura". Segundo eles, a estátua é mostrada como um símbolo da cidade e não algo religioso. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que tentará interceder junto ao Cardeal Arcebispo Dom Orani Tempesta pela liberação do segmento. O longa tem estreia marcada para 11 de setembro.
Uma das sete maravilhas do mundo moderno, a estátua do Cristo Redentor pode ser considerada figurinha carimbada no cinema, já que apareceu em títulos como Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, 2012 - que também desagradou os católicos -, Rio, Redentor e O Homem que Copiava.
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