Na noite do dia 3 de julho, foi dada a largada para mais um Rio Festival Gay de Cinema. Diante de uma plateia lotada no cinema da Caixa Cultural, o diretor e curador Alexander Mello e o produtor Rafael Fernandes apontaram o crescimento do evento, que apresenta 103 filmes durante dez dias, e conta pela primeira vez com um patrocinador. Os dois também comemoraram o sucesso na tentativa de levar os filmes de temática LGBT à Zona Norte do Rio de Janeiro, já que cinemas na Pavuna e na Penha Circular passam a integrar o festival.
Fernandes aproveitou para rebater os comentários de que o festival não deveria ser organizado durante a Copa do Mundo. Esta foi uma "escolha consciente", segundo ele, porque "nem todo mundo quer ver a Copa do Mundo, e a vida cultural da cidade não pode parar durante a Copa", arrancando aplausos da plateia.
A noite de abertura trouxe a exibição do primeiro longa-metragem, o documentário Out in the Line-Up, considerado "um dos highlights da competição", de acordo com os organizadores. O produtor francês Thomas Castets estava presente para apresentar este retrato sobre o preconceito contra homossexuais no surfe e no esporte em geral. Além dos bons depoimentos, o filme surpreende por aprofundar o seu discurso ao questionar tanto as origens quanto as possíveis soluções para esta questão, tanto na mídia quanto nos órgãos políticos.
Foi definitivamente um bom começo para o festival. Que venham os outros filmes.
