A terceira noite do Cine PE marcou o fim das sessões de curtas e documentários no festival. A partir de hoje só serão exibidas ficções. Mas antes acontecerá uma cerimônia para premiar justamente os curtas, nacionais e pernambucanos, e os longas de documentário exibidos até então.
Produzido em Pernambuco, mas exibido na mostra Curtas Brasil, Tubarão foi o responsável por fechar a exibição de curtas. E se revelou um filme bem acima da média em comparação aos passados anteriormente. Foi um dos melhores curtas exibidos no evento, contando a história de um estrangeiro homossexual que se mudou para o Recife e iniciou uma relação de vários anos com um jovem brasileiro. As coisas não aconteceram como ele esperava e hoje ele leva uma vida inerte e acaba desenvolvendo um "hobby" inusitado que envolve certo voyeurismo. O filme é sucinto e interessante, contando com um personagem bem diferente.
O documentário português E Agora? Lembra-me (foto) foi exibido na sequência, contando a forte história de um cineasta portador do vírus da Aids que testa medicamentos durante um ano e relata sua experiência. Mas o filme não é só isso, destacando a relação do protagonista (Joaquim Pinto, que também é diretor do longa) com seu parceiro, com a terra e com os animais. Trata-se de uma obra muito interessante, mas que é prejudicada pela duração de 164 minutos.
Fechando a noite, foi exibido o doc local Corbiniano, de Cezar Maia, sobre o artista plástico José Corbiniano Lins. É bem interessante e entrevista nomes importantes da cena artística pernambucana. Só peca um pouco no ritmo, mesmo tendo apenas 72 minutos de duração.