por João Vitor Figueira
Mais controvérsias na cinebiografia de Freddie Mercury. O diretor e ator britânico Dexter Fletcher abandonou a direção do filme sobre o líder do Queen por causa de diferenças criativas com o produtor Graham King, dono da GK Films, estúdio responsável pela produção do longa ao lado da Sony Pictures.
Fletcher não foi a primeira pessoa a desistir do projeto. Em julho de 2013, o ator e comediante Sacha Baron Cohen - famoso por seus papeis em comédias politicamente incorretas como Borat, Brüno e O Ditador - anunciou que estava deixando a produção.
Na época, veículos especializados divulgaram que o desinteresse de Cohen estava ligado a uma discordância do ator com os membros remanescentes do Queen, Brian May e Roger Taylor. Especulava-se que a insatisfação do humorista vinha de suas divergências específicas com May, que queria um filme mais voltado para a família, enquanto Cohen queria focar no lado mais polêmico de Mercury. Mais tarde, no entanto, o guitarrista do Queen negou tudo: "Isso é besteira! Isso foi inventado por algum publicitário. Quem nos conhece sabe que enfrentamos problemas reais e que nunca nos esquivamos de ser escandalosos na hora certa".
Lado a lado: Ben Whishaw e Freddie Mercury
Atualmente, o ator Ben Whishaw está escalado para interpretar Freddie Mercury. Whishaw já trabalhou em filmes como 007 - Operação Skyfall, A Viagem e Não Estou Lá (sobre a vida de Bob Dylan).
De acordo com um jornalista do site Deadline, a falta de um diretor pode fazer o filme nunca sair do papel. "Ouvi dizer que a Sony [Pictures] está indecisa, mas o estúdio nega veementemente", escreveu o colunista Mike Fleming Jr.
Com um posto vago na direção da cinebiografia, que ainda não tem título definido, talvez o nome de Tom Hooper volte a ser cogitado. O diretor de Os Miseráveis e O Discurso do Rei já esteve cotado para assumir o longa, cujas especulações também já apontaram para a direção de Stephen Frears ou David Fincher.
Com bastidores conturbados, a cinebiografia pretende mostrar os primeiros anos do Queen, formado em Londres no ano de 1970, até a apoteótica apresentação da banda no festival Live Aid, transmitido ao vivo para quase dois bilhões de espectadores em 1985. Com seu desfecho na década de 80, o longa evita mostrar a morte de Mercury, que perdeu a luta contra a AIDS no dia 24 de novembro de 1991.