por Roberto Cunha
Sucesso no teatro e na TV, no ar, atualmente, com Além do Horizonte, Alexandre Borges está estreando no cinema. Quer dizer, filmes ele já fez muitos, mas o ator nunca tinha dublado antes e com As Aventuras de Peabody & Sherman chegou a vez dele.
O AdoroCinema aproveitou o momento e bateu um papo, exclusivo e por telefone, em meio a correria das gravações da novela. Borges foi super simpático, esbanjou humor, humildade ao comentar o nível dos profissionais de dublagem no Brasil e ainda mostrou uma predileção por um astro da música mundial. Veja como foi!
Conta pra gente como foi essa primeira vez?
Foi muito bom. É sempre bom experimentar coisas novas e a gente ganha experiência. E como o nível dos dubladores é excelente, tive que me empenhar bastante até em respeito aos profissionais da área. Mas eu tive apoio total e tomei vários cuidados para que a sincronização com a boca do Peabody ficasse boa.
E como foi o processo?
É um trabalho minucioso, detalhista e requer concentração. Eu assisti o original e via o ritmo da fala do ator (Ty Burrell) que fez a voz do personagem, para ver se batia com o meu. O desafio maior era encaixar a voz e adaptar o tom. E o personagem tinha uma certa pompa, porque ele é cientista, famoso, mas isso foi se perdendo ao longo da aventura.
Já tinha pensado em fazer dublagem alguma vez, com pintou o convite?
Eu já tinha me dublado antes, num filme, mas esse convite para essa animação foi uma surpresa bem-vinda. O Peabody é um cara, quer dizer um cachorro, que já tem tudo. É premiado, famoso e faltava para ele a partenidade. Vai ver tem a ver com o fato de eu ser pai e o filme falar disso. Eu costumo brincar também que ele tem pelos brancos e me escolheram por causa dos meus cabelos grisalhos, para combinar. (risos)
Você conseguiu colocar alguma coisa do Alexandre no Peabody?
O convite veio cheio de significados. Lembrei de pessoas que já fizeram isso bem, como Bussunda, Selton Mello, Camila Pitanga. Eu fui me dedicar para fazer bem feito. Tentei trazer mais calor para o personagem. De alguma maneira, eu aproximei ele de uma coisa mais brasileira, latina.
Você curte animações, tem alguma preferida?
Gosto muito de desenhos. É muito lúdico e relax. E tem essa coisa de ser pai, né? Vi muito A Bela e a Fera, A Pequena Sereia, Shrek, os Robôs, Rio, do Carlos Saldanha.
Qual sequência você mais gostou?
Ah, tem uma com o Leonardo Da Vinci pintando a Monalisa... Ela é mal humorada, aí tem pedido para ela sorrir e aí é super divertido o que acontece.
O filme fala de viagem no tempo. Chegou a pensar em algo que gostaria de fazer, caso fosse possível usar a máquina de Peabody?
Sim. Viajar até Las Vegas, nos anos 1970, para ver Elvis Presley, cantando ao vivo.
E diga uma coisa, você tem cachorro em casa?
Tenho. É uma vira-lata e, às vezes, ela fica me olhando. Agora, eu fico pensando se ela vai falar alguma coisa. (risos)
Agora, aproveite para ver um recado dele - exclusivo - para os leitores do AdoroCinema. ;)