por Lucas Salgado
Principal nome do documentário nacional, Eduardo Coutinho foi assassinado a facadas aos 80 anos neste domingo, 2 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Segundo o portal R7, o cineasta teria sido morto pelo próprio filho, Daniel Coutinho, que sofreria de esquizofrenia.
Relatos apontam que o filho teria matado o pai e esfaqueado a mãe antes de tentar tirar a própria vida. A mulher do cineasta foi internada em estado grave no Hospital Miguel Couto, para onde também foi levado Daniel, que já teria sido ouvido pelo delegado responsável pelo caso.
Diretor de clássicos como Cabra Marcado Para Morrer e Edifício Master, Coutinho tinha sérios problemas de saúde nos últimos tempos por causa do cigarro, um vício que não conseguia abandonar. Ele, no entanto, pretendia continuar dirigindo mesmo assim. “Estou preparado para filmar com cadeira de rodas. O Michelangelo Antonioni filmou e o Bernardo Bertolucci faz até hoje. Se precisar filmo até cego, com uma pessoa ao meu lado falando o que está acontecendo. Só acho mais complicado filmar surdo”, confessou ao AdoroCinema à época do lançamento de As Canções.
Eduardo Coutinho foi o principal homenageado da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2013.