por Roberto Cunha
Começou nesta terça-feira, 17, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e a noite foi de festa na bonita Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Com a casa cheia, público estimado em mais de 1.300 pessoas, a bela apresentação musical e a aguardada sessão de abertura foram encerrados com muitos aplausos e um grande coquetel para os convidados.
Essa mesma plateia ouviu os acordes afinadíssimos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sob a batuta do maestro Cláudio Cohen e tendo como solista Benjamin Schmid, usando um lendário violino Stradivarius. Ele tocou um concerto
de Eric Wolfgang Korngold, ganhador do Oscar de Melhor Trilha com As Aventuras de Robin Hood, além de outras duas indicações.
Logo após efusivas palmas, era a vez da cineasta subir ao palco com a equipe e, feliz por estar ali, brincar que era "uma diretora inventada em Brasília". Mais aplausos para ela e a equipe, fato que se repetiu ao término do filme, bem recebido pelo público e profissionais do segmento, como Vladimir Carvalho (Rock Brasília - Era de Ouro), entre outros.
COLETIVA DE IMPRENSA
A cineasta e sua trupe participaram, na manhã desta quarta-feira, de uma entrevista coletiva. No encontro, todos ficaram sabendo que o longa era o resultado de três encontros com o renomado fotógrafo, que resultaram em cerca de oito horas de registros. Ela contou também que a amizade de sua família com ele ajudou muito neste processo. "Eu levei até a minha mãe", brincou. Sobre a ausência (sentida) de Salgado em ação, fazendo os seus incríveis registros, ela explicou que todo filme tem seus limites e esse era o
seu, completando que este tipo de conteúdo estará no longa do cineasta Wim Wenders.
Bem humorada, falou ainda que todos os diálogos iniciais começavam com a resposta "não" e que foi domando "a fera" aos poucos. “Ele nos convidava para ir com ele para alguns lugares, que a gente não tinha nem pensado", lembrou. A produção foi desenvolvida para o mercado de TV, com orçamento estimado em R$ 300 mil e usou diversos tipos de câmeras, como 5D, 7D, Go-Pro e até i-Phone.
COMPETIÇÃO OFICIAL
A corrida pelos prêmios começa na noite de hoje, às 19 horas, com a exibição dos documentários Luna e Cinara, curta de Clara Linhart, e Outro Sertão, longa de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela. Mais tarde será a vez dos competidores da categoria ficção: os curtas Deixem Diana em paz, de Julio Cavani, Sylvia, de Artur Ianckievicz, e o longa Os Pobres Diabos, de Rosemberg Cariry, com Chico Diaz, Silvia Buarque, Gero Camilo. Os ingressos custam R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Programe-se visitando o site oficial.
Lembrando que as obras do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Distrito Federal, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, concorrem aos prêmios no valor total de R$ 700 mil. O AdoroCinema viajou a convite do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e você pode acompanhar um panorama do evento por aqui.
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