por Roberto Cunha
Indicado ao Oscar 2013 de Melhor Documentário, a primeira exibição de Cinco Câmeras Quebradas na capital administrativa dos palestinos (Ramallah) foi aplaudida de pé. O evento aconteceu na última segunda-feira, 28, mexeu com a plateia e plantou a semente do otimismo, uma vez que mostra a luta contra a ocupação israelense através do cinema.
A trajetória em festivais e junto a crítica tem sido positiva. Premiado no Festival de Jerusalem, na Coréia do Sul e no Sundance Festival 2012, ele concorre com quatro títulos: The Gatekeepers (França/Bélgica/Israel /Alemanha), How to Survive a Plague (Estados Unidos), A Guerra Invisível (Estados Unidos) e Procurando Sugar Man (Reino Unido/Suécia).
O filme levou cinco anos para ficar pronto, usou recursos mínimos e equipamento amador. Vizinhos mortos, protestos semanais contra as forças israelenses e máquinas de demolição fazem parte do cenário da produção, que abre espaço ainda para registros familiares da equipe.
"Este é um filme para aqueles que foram martirizados. É maior do que eu e maior do que Bil'in. Mais de 1 bilhão de pessoas acompanham o Oscar, e agora saberão da nossa luta", disse o jornalista palestino Emad Burnat que dirigiu a produção com o cineasta e ativista israelense Guy Davidi. Essa associação, por sinal, fez com o longa fosse classificado como israelense e acabasse sendo penalizado no Festival de Marrocos, que o deixou de fora.
Durante a exibição, imagens de plantações queimadas que incomodavam o público contrastavam com os aplausos ao ver pedras atiradas contra os jipes israelenses em fuga. "O filme mostra ao mundo todo o que é a ocupação. Mas nem tudo é ruim. Ele mostra que há progressos, que há vitórias, e que nossa causa ainda está viva e avançando", contou o taxista Ahmed Mustafa ao lado da família.
Assista o trailer abaixo e aproveite para dar os seus palpites no Oscar 2013.
Cinco Câmeras Quebradas
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