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    Entrevista exclusiva - Rafael Cortez fala sobre a dublagem em Detona Ralph

    Repórter do programa CQC estreia como dublador em nova animação da Disney.

    por Francisco Russo

    Rafael Cortez ganhou notoriedade através do programa CQC, no qual trabalhou como repórter por cinco anos. Bem humorado, ganhou do colega de programa Marcelo Tas o apelido de "golfinho" e logo conquistou o público. Apaixonado por cinema, não pensou duas vezes ao aceitar o convite para dublar o personagem Félix Jr. em Detona Ralph, animação da Walt Disney Pictures que chega aos cinemas brasileiros em 4 de janeiro.

    Em entrevista exclusiva ao AdoroCinema, Rafael Cortez falou sobre como foi o processo de dublagem e de preparação para o personagem, além de revelar seu grande sonho no cinema. O resultado da conversa você confere logo abaixo.

    ADORO CINEMA: Como surgiu o convite para dublar o Félix? Você já tinha alguma experiência na função?

    RAFAEL CORTEZ: Nunca tive experiência de dublador. Sempre tive muito interesse em trabalhos de voz, como rádio e leitura de textos. Quando veio este convite para a dublagem aceitei na hora, mas quando fiz o teste eu gelei. Fiquei super nervoso, porque é um nível de exigência e de um preciosismo tão grande que fiquei mal. Tudo que estava fazendo era na zona de conforto, há cinco anos no CQC e meu espetáculo stand-up, acaba sendo meio fácil para mim. Com este trabalho fui entender e valorizar o trabalho dos dubladores, são profissionais da mais fina categoria.

    AC: Você chegou a ter acesso à dublagem original do filme, feita pelo Jack McBrayer?

    RC: Recebi antes alguns trechos, para que pudesse sentir melhor o personagem. Na hora sempre tinha o trecho em inglês, para registro, e só depois vinha a versão brasileira. O cara que fez o meu personagem é um dublador sensacional. Fiquei bastante feliz ao ver o filme, pois sabia que nunca chegaria aos pés dele.

    AC: Seu personagem tem um tom de voz bastante suave, sem qualquer traço de cinismo e com uma certa ingenuidade. Esta característica veio da dublagem original ou foi criação sua?

    RC: Tentei buscar ao máximo o registro do dublador americano. Ele tinha essa coisa mais aguda e eu sou um cara absolutamente soturno, minha voz é grave. Tentei reproduzir esta intenção dele às custas de muito trabalho vocal, usando muito o diafragma, que é algo que não estou acostumado. Há muito tempo não fazia trabalho de ator com consciência vocal. Posso dizer que fazer o Felix foi um dos trabalhos mais difíceis que já tive. O que foi bom, porque não gosto das coisas muito fáceis.

    AC: Você já está há vários anos no CQC e com seu stand-up e agora teve esta experiência como dublador. Passa pela sua cabeça experimentar também o trabalho de ator?

    RC: Adoraria fazer. Sou louco para fazer cinema de verdade. Fiz dois curtas, mas não conta muito porque nem foram profissionais. De certa maneira pude saciar este desejo com Detona Ralph, mas queria fazer um trabalho como ator, mostrando a cara mesmo. Gostaria de fazer um personagem dramático, um cara sério, que não tivesse nada a ver com humor. Meu sonho hoje seria receber um convite para atuar em um filme para baixo ou interpretar um psicopata. Acho que me divertiria bastante.

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