
por Lucas Salgado

Um dos diretores afro-americanos mais influentes de Hollywood, Spike Lee não gostou nenhum pouco da forma com que Quentin Tarantino trata a escravidão em Django Livre. "A escravidão americana não foi um western spaghetti de Sergio Leone. Foi um holocausto. Meus ancestrais foram escravos. Roubados da África. Eu irei honrá-los", afirmou o cineasta em sua página no Twitter.
Antes disso, em entrevista a Vibe Magazine, Lee admitiu não ter visto o longa e destacou: "Tudo o que vou dizer é que (o filme) é desrespeitoso com meus ancestrais."
O comentário no Twitter gerou uma série de respostas de seus fãs e dos de Tarantino. Ao responder um seguidor que dizia que Django Livre era apenas um filme e que não deveria ser levado a sério, Spike Lee destacou: "Errado. O Nascimento de uma Nação levou ao linchamento de negros. A mídia é poderosa. NÃO DURMA. ACORDE."
Django chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 18 de janeiro, enquanto que Lee continua trabalhando ativamente. Ele lançou recentemente Verão em Red Hook e Michael Jackson - Bad 25, e ainda prepara o documentário Go Brazil Go! e Old Boy, remake da premiada produção sul-coreana.