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    Entrevista exclusiva com Rashida Jones, de Celeste e Jesse Para Sempre

    Conhecida pelas séries The Office e Parks and Recreation, e filha do famoso músico Quincy Jones, Rashida Jones falou com exclusividade ao AdoroCinema sobre sua estreia como roteirista em Hollywood e sobre como foi dividir as funções de atriz e escritora em um só filme.

    por Lucas Salgado

    Vista em papéis secundários em filmes como Eu Te Amo, CaraA Rede SocialOs Muppets, a bela Rashida Jones faz sua estreia como protagonista na comédia romântica com pitadas de drama Celeste e Jesse para Sempre. Ela, que também escreveu o roteiro do longa, conversou com exclusividade com o AdoroCinema, falando sobre como foi a experiência, sobre os futuros projetos e até mesmo sobre o trabalho na série Parks and Recreation. Confira abaixo o bate papo na íntegra.

    Como surgiu a ideia para o roteiro de Celeste e Jesse Para Sempre?

    Eu tive alguns relacionamentos que funcionaram desse jeito. Eu e o Will McCormack, que escreveu o roteiro comigo, tivemos algumas relações em que nos apaixonamos cedo, separamos, voltamos e ficamos sem querer quebrar aquele vínculo. Você sabe que não ficarão juntos pelo resto da vida, mas não sabe qual é o próximo passo ou como manter aquela pessoa na sua vida. A inspiração veio de experiências próprias e também de observar pessoas, amigos que nos seus 20 anos tiveram relações parecidas.

    Fale um pouco sobre a experiência de escrever um roteiro?

    Foi uma experiência recompensadora. Mas foi um trabalho árduo, pois não existem atalhos ao escrever um roteiro. Não que existam atalhos na atuação, mas algumas vezes como ator você não está no clima, não está preparado, mas você acaba seguindo o seu caminho. Com o roteiro você não tem desculpas. É ótimo ter o roteiro em sua mão e melhor ainda ver seu trabalho pronto nos cinemas.

    Como foi dividir as funções de atriz e roteirista?

    Quando cheguei ao set de filmagem só pensei em atuar, em estar disponível para o diretor. Eu sabia que não conseguiria lidar com a performance se não estivesse focada nela. No minuto que entrei no set deixei de ser a roteirista ou a produtora. Estava completamente focada na atuação.

    Como foi o trabalho com Andy Samberg?

    Foi maravilhoso trabalhar com o Andy SambergSamberg. Somos amigos há muito tempo e nos conhecemos muito bem. Ele é um comediante muito talentoso e hilário, então nunca teve a chance de mostrar esse lado dramático dele. Assistir ele em tempo real e depois no filme foi muito excitante como atriz e como sua co-estrela.

    Você atuou ao lado de mestres da improvisação como Steve Carell, Amy Poehler e Steve Martin. É algo que você gosta de fazer? Teve muita improvisação em Celeste e Jesse?

    Não tínhamos muito tempo. Foi um filme barato. Então não fizemos muitas cenas improvisadas neste filme, mas teve um pouco. Andy também é ótimo nisso. Queria que tivéssemos improvisado mais, mas realmente não tínhamos muito tempo.

    Celeste e Jesse funciona muito bem como comédia e também como drama. Como foi manter o tom indo e voltando entre os dois gêneros?

    Foi muito difícil. Provavelmente, foi a parte mais difícil da pós-produção. Durante a escrita queríamos fazer algo que não fosse nem uma comédia nem um drama. Woody Allen e James L. Brooks fazem este tipo de filme. Trabalhar o tom é muito complicado, porque você quer que a plateia confie em você e não fique na dúvida se é hora de rir ou de chorar. Sei por experiência própria que no final de uma relação o riso e o choro podem estar separados por 30 segundos, então queria mostrar isso.

    Agora que estreou como roteirista, você pensa em dirigir?

    Sim, eu quero dirigir. É algo que penso bastante. Infelizmente, não temos muitas mulheres dirigindo. É definitivamente algo que eu quero fazer. É engraçado porque agora soa muito aterrorizando, mas também era assim com a ideia de escrever um roteiro.

    Você vai continuar escrevendo?

    Com certeza. Eu e Will já começamos a trabalhar com algumas coisas, talvez façamos um filme para a Universal. Mas gostei da forma que trabalhamos, com pouco dinheiro, de forma independente. Tínhamos tempo para pensar calmamente a história e gostaria de continuar trabalhando assim.

    Como foi escrever a quatro mãos?

    Eu venho de uma grande família (ela é filha do músico Quincy Jones e da atriz Peggy Lipton) e desde cedo aprendi a importância do trabalho colaborativo. Aprendi que as melhores coisas vêm do trabalho com outras pessoas. E Will é meu melhor amigo. A gente sabe se apoiar e não deixar que um dos dois naufrague. Realmente trabalhamos lado a lado o tempo inteiro.

    Pode falar um pouco sobre seus próximos projetos?

    Na TV eu continuo com a série Parks and Recreation. Estamos na quinta temporada, no momento. Tenho um filme que vai estrear na próxima primavera (outono, no Brasil) que se chama Cuban Fury, que é sobre dança de salsa. E eu escrevi um filme chamado Frenemy of the State, que é inspirado em uns quadrinhos que li alguns anos atrás, sobre uma garota que tem uma vida social intensa que é recrutada pela CIA para ser um espião.

    Você também está envolvida com um longa chamado Decoding Annie Parker?

    Sim, eu fiz o filme ano passado, mas não tenho a mínima ideia de quando será lançado.

    Pode falar um pouco sobre Parks and Recreation?

    A minha personagens é a Ann Perkins. Ela é uma amiga muito boa e leal. E com o passar da série foi formando sua própria identidade. No momento, ela está aprendendo a ficar sozinha, depois de dormir com todos os homens do seriado (risos). A Ann está aprendendo a não precisar de um cara para se definir.

    Como é trabalhar com Amy Poehler?

    É um sonho. Amy Poehler é uma das minhas amigas mais próximas. Ela é uma das minhas amigas mais próximas. Ela guia o tom da série e faz tudo parecer fácil e natural. Tenho muita sorte de poder atuar ao lado dela.

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