por Lucas Salgado
Mais de quinze anos após começar a trabalhar em Chatô, o Rei do Brasil, Guilherme Fontes garante que conseguirá lançar o filme nos cinemas. "(...) Reabri minha produtora e estou me preparando para finalmente estrear o Chatô. Pode contar uns quatro, cinco meses a partir de hoje", declarou o ator e diretor em entrevista a revista Caras, na última terça-feira (17 de julho).
Adaptação de livro homônimo de Fernando Morais, o longa começou a ser realizado em 1995, mas acabou tendo suas filmagens interrompidas por falta de verbas. Como Fontes havia captado mais de R$ 10 milhões pela Lei do Audiovisual, iniciou-se uma discussão sobre má utilização do dinheiro público. Pouco depois, o Ministério da Cultura e a Ancine deram início a processos contra o diretor e sua produtora, Guilherme Fontes Filmes, que teria sido aberta utilizando-se verbas públicas captadas para o filme.
Em 2008, a Controladoria-Geral da União determinou que Fontes e sua sócia Yolanda Machado Coeli deveriam devolver mais de R$ 36 milhões aos cofres públicos. Dois anos depois, foi condenado a três anos de prisão por sonegação fiscal, mas teve a pena convertida em prestação de serviços comunitários. O diretor recorreu das duas punições e ainda não houve um julgamento definitivo.
Guilherme Fontes não falou sobre os processos, mas disse que não sabe se exibirá a produção em algum festival ou se irá lançá-la diretamente nos cinemas. Chatô conta com as presenças de Marco Ricca, Paulo Betti, Andréa Beltrão e Leandra Leal no elenco.