Após desafiar a gravidade em Top Gun: Maverick, Joseph Kosinski agora acelera rumo a novos limites em F1, seu próximo filme estrelado por Brad Pitt e Damson Idris. Dessa vez, a velocidade é tão real quanto a física permite — e sem CGI para frear a adrenalina.
Na trama, o lendário piloto Sonny Hayes (Brad Pitt) é convencido a sair da aposentadoria para ajudar Joshua Pearce (Damson Idris), um jovem novato da escuderia fictícia ApexGP.
Disposto a correr todos os riscos, Sonny traça um plano ousado para transformar a equipe em uma verdadeira campeã. Mas para isso, ele precisará do apoio da comissão técnica e de figuras influentes do esporte, provando que uma corrida vai muito além das curvas do autódromo.
Alterações em carros e atores pilotando de verdade!

Para garantir autenticidade às cenas e, mais uma vez, dispensando o uso excessivo de imagens geradas por computador, Kosinski contou com a agenda de Lewis Hamilton, as datas do GP da Inglaterra e a participação de outros pilotos reais da Fórmula 1 para filmar as principais sequências de corrida.
Durante uma sessão de perguntas e respostas da qual o AdoroCinema participou, o diretor compartilhou detalhes sobre a complexa logística do filme e como foi possível gravar Pitt e Idris correndo de verdade no meio da competição.
Top Gun 3 vai demorar porque ninguém quer outra sequência, especialmente Tom Cruise: "Ele quer ter certeza de que o público receberá aquilo pelo qual pagou"Para tornar isso viável, a produção contou com o suporte dos engenheiros da Mercedes-AMG, que modificaram seis carros reais de Fórmula 2, transformando-os em máquinas de corrida equipadas com câmeras, gravadores e transmissores.
“Toda vez que vocês veem Brad ou Damson dirigindo no filme, eles estão sozinhos, pilotando um carro de corrida real, em um circuito oficial de F1. Foi assim que abordamos a produção deste filme. Não poderíamos simplesmente filmar na pista sem que a corrida estivesse acontecendo—isso teria tirado toda a energia e autenticidade da cena”, comentou o cineasta durante a conversa.
Diretor e elenco tinham apenas 15 minutos e uma única chance

Mas esse era apenas o começo da jornada. Preparar os carros para as gravações foi fácil comparado ao verdadeiro desafio: filmar durante os intervalos do GP, em um tempo extremamente curto. Kosinski detalhou como essa missão foi cumprida:
“Tínhamos janelas de apenas 10 ou 15 minutos, então o Brad e o Damson precisavam estar prontos, nos carros, com os pneus aquecidos, esperando o momento certo. Assim que um treino terminava, eles entravam na pista.”
A produção precisava operar com precisão cirúrgica. “Nós tínhamos entre 24 e 30 câmeras já posicionadas e rodando, e eu precisava capturar as cenas nesse espaço curto e intenso, com alta velocidade. E o mais incrível é que o público que aparece no filme estava realmente lá, nos estádios, torcendo. Muitas pessoas nem perceberam que era o Brad Pitt dirigindo um dos carros à sua frente!”
Enquanto outras produções costumam reservar dias inteiros para cenas complexas, F1 aproveitou um evento real e seus intervalos para gravar o que fosse necessário. “Foi como um teatro ao vivo, mas diante de centenas de milhares de pessoas — e a 290 km/h, literalmente. O que conseguimos capturar é algo que simplesmente não dá para falsificar ou encenar”, completou Kosinski.
O filme chega aos cinemas nacionais no dia 26 de junho.