Segundo informações da Variety, dezenas de manifestantes pró-Palestina se reuniram na terça-feira (11), em Hollywood, do lado de fora da estreia de Capitão América: Admirável Mundo Novo. O movimento pede boicote e critica a presença da personagem Ruth Bat-Seraph (Sabra) no filme - nos quadrinhos, uma mutante de origem israelense que trabalha para o Mossad, o serviço de inteligência de Israel.
Durante o manifesto, os militantes seguravam cartazes que diziam “Sabra tem que ir embora”, “ Disney apoia genocídio”, “Boicote o 'Capitão América'” e também “Reze pela Princesa Jasmine”. Eles ainda gritavam frases como “Palestina livre, livre, livre” e “Disney, Disney, você não pode se esconder”.
Capitão América 4 muda personagem de 40 anos atrás para evitar polêmica: Uma nova Viúva Negra chega ao MCUVale lembrar que a polêmica já havia movimentado os palestinos em 2022, quando a personagem interpretada pela atriz Shira Haas foi confirmada no longa-metragem. Na época, a Marvel afirmou que daria uma “nova abordagem” a Sabra em Admirável Mundo Novo - e a informação foi confirmada pelo produtor Nate Moore recentemente.
“O que achamos interessante é que muitos dos personagens do filme giram em torno do presidente Thaddeus Ross [Harrison Ford]. Ruth trabalha no governo de Ross, então, sua perspectiva sobre o personagem e a perspectiva de Sam [Anthony Mackie] meio que as colocam em rota de colisão. Ela é israelense de primeira geração, mas trabalha no governo dos EUA”, afirmou Moore para a Variety.
Ou seja, tentando apaziguar a controvérsia, a Marvel manteve a origem israelense de Sabra, mas a transformou em agente do governo norte-americano no lugar de funcionária do Mossad. A medida, pelo visto, não adiantou muita coisa, podendo render capítulos futuros.